Ele era um jovem que morava no Centro Oeste dos
Estados Unidos. Por ser filho de um domador de cavalos, tinha uma vida quase
nô-made, mas desejava estudar. Perseguia o ideal da cultura.
Dormia nas estrebarias, trabalhava os animais fogosos
e, nos inter-valos, à noite, ele procurava a escola para iluminar a sua
inteligên-cia.
Em uma dessas escolas, certa vez, o professor pediu à
classe que cada aluno relatasse o seu sonho. O que desejariam para suas
vidas.
O jovem, tomado de entusiasmo, escreveu sete páginas.
Desejava, no futuro, possuir uma área de 80 hectares e
morar numa enorme casa de 400 metros quadrados. Desejava ter uma família
muito bem constituída. Tão entusiasmado estava, que não somente descreveu,
mas desenhou como ele sonhava a casa, as cocheiras, os currais, o pomar.
Tudo nos mínimos detalhes.
Quando entregou o seu trabalho, ficou esperando,
ansioso, as pala-vras de elogio do seu mestre.
Contudo, três dias depois, o trabalho lhe foi
devolvido com uma nota sofrível.
Depois da aula, o professor o procurou e falou: o seu
é um sonho absurdo. Imagine, você é filho de um domador de cavalos. Você
se-rá um simples domador de cavalos. Escreva uma outra realidade e eu lhe
darei uma nota melhor.
O jovem foi para casa muito triste e contou ao pai o
que havia acontecido. Depois de ouvi-lo, com calma, o pai lhe afirmou:
O sonho é seu. Você faça o que quiser. Essa decisão é
sua. Persistir neste sonho ou procurar outro.
O jovem meditou e, no dia seguinte, entregou a mesma
página ao professor. Disse-lhe que ficaria com a nota ruim mas não
abando-naria o seu sonho.
Esta história foi contada pelo dono de um rancho de 80
hectares, próximo de um colégio famoso dos Estados Unidos. A área é
em-prestada para crianças pobres passarem os fins de semana.
Depois de terminar a história, o dono do rancho se
apresentou co-mo o jovem que teve a nota ruim, mas não desistiu do seu
sonho.
E o mais incrível é que aquele professor, trinta anos
depois, tem visitado, com os seus alunos, aquela área especial.
Naturalmente ele identificou no proprietário o antigo
aluno e con-fessou: fico feliz que o seu sonho tenha escapado da minha
inveja. Naquela época eu era um atormentado. Tinha inveja das pessoas
sonhadoras. Destruí muitas vidas. Roubei o sonho de muitos jovens
idealistas. Graças a Deus, não consegui destruir o seu sonho, que faz bem a
tantas vidas.
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Sonhar é da natureza humana. Tudo que
existe no mundo, um dia foi elaborado, pensado e meditado por alguém, antes
de ser con-cretizado em cimento, mármore, madeira ou papel.
Martin Luther King Jr. teve um sonho de paz entre
negros e bran-cos. Pelo seu sonho, deu a vida.
O Mahatma Gandhi teve um sonho de não violência. Deu a
vida por seu sonho.
Se você tem capacidade de sonhar o bem, persista na
ideia e a concretize. Podem ser necessários anos para que se concretize um
sonho, mas, o que são alguns anos diante da eternidade que aguar-da o
Espírito imortal?
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Redação do Momento Espírita
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