Um homem se acha perdido no deserto e a sede o martiri-za terrivelmente. Desfalecido,
cai por terra, pede a Deus que o assista e es-pera. Nenhum anjo
vem lhe dar de beber.
Contudo, um bom Espírito lhe sugere a ideia de levantar-se e tomar um dos caminhos que tem diante de si.
Em movimento maquinal, reúne todas as forças que lhe restam e se ergue. Caminha, e percebe ao longe um regato. Ao di-visá-lo, ganha coragem e o alcança.
Se for um homem de fé dirá: "Obrigado, meu Deus, pela ideia que me inspiraste e pela força que me deste."
Se lhe falta a fé exclamará: "Que boa ideia eu tive!
Que sorte a minha por tomar o caminho da direita, em vez do da esquerda. O acaso, às vezes, nos serve admiravelmente! Quanto me felicito pela minha coragem e por não me ter deixado abater!"
Algumas pessoas dirão: "Mas, por que o Espírito não lhe falou claramente: segue este caminho e encontrará o que procura? Desta maneira, teria provado a providência divina."
Os Espíritos, nossos protetores, não nos dão a resposta pronta e,
sim, nos apontam caminhos, porque nos ensinam que de-vemos
andar com nossas próprias pernas.
É que devemos confiar em Deus e submetermonos sempre à Sua vontade.
Deus faz conosco como um pai ou uma mãe que vê seu filho cair e que, sabendo não haver nenhum perigo, fica à distân-cia para que se
levante sozinho.
Se a criança vê a mãe, começa a chorar e não sai do lu-gar. Mas se,
ao contrário, percebe que ninguém está por perto, reúne suas forças e se levanta.
Qual ocorreu com o viajor do deserto, acontece conosco no dia-a-dia. Quantas vezes nos sentimos sem forças para continuar a caminhada?
Sentimo-nos exauridos, pois tantas são as lutas no lar, com os familiares difíceis. Na sociedade, é um amigo desajustado que nos perturba.
No trabalho, é o chefe inconsequente que dificulta, muitas
vezes, o nosso progresso profissional.
Vem o desestímulo com nossa tarefa de educadores, com aquele filho que não nos ouve.
Outras vezes, são aqueles a quem buscamos ajudar e que nos respondem com ofensas.
São tantos os revezes, que sentimos vontade de desistir de tudo. Falta-nos até mesmo a fé.
Geralmente nesses momentos esquecemo-nos de buscar for-ças através
da prece. Rogar a Deus que nos ajude a cultivar a re-núncia, pelo bem de todos.
E quanto àqueles a quem fazemos o bem, não nos cabe es-perar elogios nem agradecimento, a exemplo de Jesus.
Agindo assim, estaremos espalhando as sementes do amor, deixando ao sublime jardineiro a colheita.
"O grande bem de todos é feito nos pequenos sacrifícios de cada um."
A partir daí podemos pensar numa sociedade mais feliz!
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Não permitamos que o desânimo e a falta de fé se instalem em
nossas almas!
Se percebermos que as nossa forças estão se esgotando, busquemos
imediatamente o amparo junto ao coração magnânimo do nosso irmão maior,
Jesus.
Ele, que jamais nos abandonou, suprirá as nossas carên-cias, dando-nos
coragem para superar os obstáculos.
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Redação do Momento Espírita com base no item 8 do
cap. XXVII de
O evangelho segundo o espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb
e no cap. 35 do livro O espírito de verdade, de Espíritos diversos,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb
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Musical: Once In Blue Moon
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