Os pequeninos

Recebida em 29/04/2013


Observando a natureza, vemos pássaros coloridos pelo espaço azul. Também encontramos pássaros caídos dos ninhos, que dependem, para viverem, da boa vontade de quem os encontre e auxilie.

Existem os pássaros livres a cantar pelas campinas e outras aves, engaioladas, limitadas.

Não têm liberdade de beijar o sol, nem desfrutar dos ventos que sopram sobre os céus de anil.

Da mesma forma que encontramos aves livres e aves engaioladas, limitadas, temos as crianças.

Existem muitos lares-gaiolas, lares-prisões, lares-opressão, em con-traste com poucos lares-canteiros, lares-bosques exuberantes, la-res-céus-azuis.

Os primeiros são os que reprimem, que enxergam somente um lado sombrio em tudo.

Os que mutilam o caráter, que inibem a criatividade, que maculam a pureza ou que perturbam a alma infantil.

Tudo graças à imperícia ou má-vontade dos adultos que os condu-zem.

Os segundos são os lares como Deus deseja para os seus filhos re-cém-chegados às experiências corporais.

São lares que observam, que norteiam, que corrigem, que coope-ram para o acerto.

Lares que incentivam o bem, que valorizam as conquistas felizes e que deixam, enfim, crescer os pequeninos.

Há crianças que ficam à espera que algum amigo ou vizinho as possa resgatar dos tentáculos dos seus próprios ninhos que as devo-ram, aos poucos.

Outras se apresentam aflitas diante da perspectiva ou da atuação da violência. Ficam ansiosas, neurotizadas.

Outras mais se apresentam deprimidas em face do abandono a que são relegadas.

Essas esperam, desesperançadas, o que o amanhã lhes haverá de propiciar.

Pensemos nesses pequeninos, como pensamos nos pássaros que correm risco de extinção.

Tratemos de preservá-los com a contribuição do acompanhamento maduro e afetuoso.

Providenciemos-lhes assistência escolar, formação moral nobre e segura, horas de encantamento lúdico construtivo.

Desta forma, as estaremos auxiliando a superar a infância difícil, a meninice em perigo, tal como costumam encontrar ao chegar à terra.

Evitemos atulhar a mente infantil com os produtos da perturbação comum dos adultos.

Poupemos as crianças do palavreado desvairado e obsceno. Tam-bém dos noticiários amedrontadores e criminosos.

Permitamos que vivam a infância, poupando-as do excesso de ativi-dades.

Recordemos que para a criança deverá haver hora para tudo. Para a escola e o brinquedo. Para o alimento e para o sono.

Tudo para que ela aprenda a coordenar seu tempo, a se disciplinar, forjando dias de harmonia e de maturidade para os caminhos futu-ros.

Ofertemos-lhe, enfim, Jesus. Com ele, ela será amparada, instruí-da e aconchegada, sobretudo se nos dispusermos a dar-lhe o ninho dos nossos próprios braços e dos nossos corações.

Tudo em nome dele, o menino de Nazaré, e conforme ele mesmo o faria.

Até mesmo porque ele rogou que ninguém impedisse de chegar até ele os pequeninos.

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Toda criança que renasce no mundo, traz consigo a mensagem da esperança de viver, crescer e ser feliz.

É nosso dever zelar para que ela alcance seu intuito, a fim de se tornar um adulto equilibrado, homem digno, contribuindo para o bem de todos.

A infância é a escola primeira onde o adulto se ensaia e prepara para os embates do mundo.

Proteger a infância, zelar pelos pequeninos é preparar o mundo melhor do amanhã, que todos idealizamos.

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Equipe de Redação do Momento Espírita, com base na mensagem
Ajudem os pequeninos, do Espírito Clélia Rocha, psicografada
 por Raul Teixeira, em 8.2.2005, na Fazenda Recreio, em Pedreira-SP.

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Redação do Momento Espírita
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