Em uma de suas mais famosas canções, o ex-Beatle John Lennon
cantou a opressão que vitimava mulheres em todo o Mundo.
Lennon foi assassinado em 1980, mas suas palavras ainda são atuais,
nesses dias em que vivemos.
No Brasil, na Arábia ou na Índia. Na antiguidade ou nas me-trópoles de
hoje.
Em todas as épocas e povos, a mulher sempre teve sua po-sição atormentada pelas dificuldades do não reconhecimento de seu valor e de
seu papel.
Esforça-se, rompe barreiras, mas continua assombrada por
um certo
desprezo, nascido da aparente fragilidade que carrega.
Em alguns locais o estigma é forte, bem visível, e oprime, fere, humilha.
Em outros, a vida parece um pesadelo com a
violência que assusta,
com o terror que espalha.
Basta ligar a TV, ou abrir jornais e revistas para ter notícias dos abusos
impostos às mulheres.
Vilipendiadas, desrespeitadas, caladas à força, elas pros-seguem: carregam famílias, assumem tarefas, adoçam os dias com o mel que só
um coração
delicado pode oferecer.
Mesmo nos países em que é valorizada, facilmente se per-cebe um certo desrespeito, um preconceito camuflado em piadas e risos irônicos.
Sem falar nos salários mais baixos, nas avaliações que con-sideram mais
o corpo que a inteligência.Ou você nunca notou?
Por toda a parte em que se vai, basta abrir os olhos e ver as
mulheres
assinaladas pelo signo da generosidade.
Por mais que trabalhem, sejam bem sucedidas, realizadas, o selo feminino é o da dedicação que não conhece limites.
Quer prova disso? Observe as mães e esposas de atletas e artistas. Quem na
maioria das vezes os estimula, torce, sacrifica as horas?
Quem está, invariavelmente, ao lado deles, quando nin-guém quer sonhar
junto? Quem sempre acredita?
E os filhos deficientes? Você já percebeu a presença mater-na ali ao lado? Onipresente, forte, protetora.
Todos os estudos na área de deficiência física ou mental re-velam que a
figura materna, na maioria dos casos, é quem apoia o filho e
vai em busca de
alternativas, terapias, equipamentos, médi-cos.
Mão estendida, voz cariciosa, presença constante. Mães, ir-mãs, avós,
esposas, namoradas. Sempre ao lado, de mãos dadas, com
brilho nos olhos e
força nos braços.
Tanta dedicação muitas vezes tem um preço cara demais. A mulher acostuma-se
ao sacrifício o tempo inteiro.
E fica invisível. Passa a fazer parte da paisagem. Ninguém lembra de
agradecer, acarinhar, sorrir de volta.
Mas quem disse que ela se abate? Mulher é
entidade for-te, cheia de graça e de poder, capaz de fazer nascer borboletas. Capaz de fazer brilhar o sol.
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Se nos cabe reconhecer no homem o condutor da Civilização e o mordomo dos
patrimônios materiais na Terra, não podemos esquecer de identificar na
mulher o anjo da esperança, ternura e amor.
A missão feminina é espinhosa. Mas, efetivamente, só a mu-lher tem bastante poder para transformar os espinhos em flores.
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Redação do Momento Espírita, com pensamento
final dos
Espíritos Emmanuel e Isabel Campos, do livro Dicionário da alma,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
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