Pela Internet
recebi outro dia uma carta assim:
"Sempre soube que ela era importante para mim.
Só não sabia o quanto ela era realmente valiosa e especial.
Sempre imaginei que se um dia ela me faltasse, eu sentiria sua falta.
Mas nunca calculei o que sua falta verdadeiramente repre-sentaria para mim.
Sempre me disseram que amor de mãe é algo diferente, sublime, quase divino.
Sempre me disseram tantas coisas a respeito desse relacio-namento: mães e
filhos.
Tanto disseram, mas foi pouco o que eu ouvi e entendi sobre isso.
Banalizei.
Não acreditei.
Até o dia em que ela se foi.
Era uma tarde de final de primavera.
O vento brando soprava e em minha casa não havia a mais leve suspeita da dor que
se avizinhava.
De repente, a notícia.
Mas não poderia ser verdade.
Não, Deus não permitiria que as mães morressem.
Não assim.
Não a minha.
Engano meu.
Era verdade.
A verdade mais cruel e mais dura que meu coração preci-sou encarar,
enfrentar, suportar
Ela partiu sem me dizer adeus, sem me dar mais um abra-ço, mais um beijo, sem me
pegar no colo pela última vez, sem me dizer como fazer para prosseguir só, dali
para frente...
Simplesmente partiu.
E uma ferida no meu peito se abriu.
Ferida que não cicatriza, que não sara, que não passa.
É a falta que ela me faz.
É minha tristeza por querer seu aconchego mais uma vez, seu consolo, sua
orientação segura.
Querer seu cafuné antes do meu adormecer, sua voz antes do meu despertar.
Sua presença silenciosa em meus momentos de angústia, sua mão amiga a me amparar
e confortar.
Querer outra vez ouvir seu sussurro baixinho me dizendo que tudo vai dar certo e
que tudo vai acabar bem.
É uma saudade que aperta meu coração e me faz derramar lágrimas às escondidas.
É uma dor de arrependimento por todas as malcriações que fiz, pelas palavras
atravessadas e rudes que lhe disse.
Arrependimento porque agora sei que mãe é mesmo alguém muito especial e
porque me dou conta de que os filhos só percebem isso muito tarde.
Tarde demais, como eu."
A morte é um afastamento temporário entre os seres que habitam planos diversos
da vida.
Embora saibamos disso é compreensível a dor que atinge aqueles que se veem
afastados de seus amores pela ocorrência da morte.
Muitas vezes
essa angústia decorre do arrependimento pelas condutas equivocadas que os
feriram, ou que não demonstra-ram o verdadeiro afeto que sentíamos por
aqueles que partiram.
Às vezes são
as mães que partem, outras são os filhos, ou os pais, os amigos...
E tantas coisas deixam de ser ditas, de ser feitas, de ser vividas...
Pense nisso!
A vida é marcada por acontecimentos inesperados que a transformam, muitas vezes,
de modo irreversível.
Cuide de seus amores porque, embora eles sejam para
sempre, poderão não estar sempre ao seu lado.
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Equipe de Redação do Momento Espírita,
com base em carta de autoria desconhecida.
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