Crescimento


            Era manhã de mais um dia de trabalho. Um dia que parecia ser igual a todos os outros dias - isso para quem adora criar monotonias em sua própria vida.

            Os funcionários chegaram na empresa do mesmo jeito que chegavam todos os dias, mas já na entrada algo os surpreendeu.

            Encontraram um cartaz na portaria dizendo: "faleceu ontem a pessoa que impedia o crescimento da empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes."

            No início todos se entristeceram com a morte de alguém, mas, depois de algum tempo, ficaram bastante curiosos em saber quem havia morrido.

            Quem estava bloqueando o crescimento da empresa?

            A agitação na quadra de esportes era tão grande que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório.

            Então, conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava: "quem será que estava atrapalhando o meu progresso? " - diziam uns. "com certeza alguém envolvido em algum desvio de dinheiro!" - diziam outros.

            "Ainda bem que este infeliz se foi!" - esbravejavam.

            Assim, um a um, os funcionários agitados aproximavam-se do caixão, olhavam o defunto e engoliam em seco.

            Ficavam em silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma.

            Pois bem, no visor do caixão havia um espelho... E cada um via a si mesmo...

            A lição da diretoria da empresa foi clara:

            Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: você mesmo!

            Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida.

            Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida e, você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo.

            Sua vida não muda quando seu chefe muda, quando sua empresa muda, quando seus pais, filhos, mudam: ela se modifi-ca quando você mesmo muda.

            Você é o único responsável por ela, e o único que prestará contas dela.

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            O ser humano ainda espera demais por soluções e acon-tecimentos exteriores.

            Confundimos fé, esperança, com inatividade e preguiça.

            Confundimos pacifismo com passividade.

            Confundimos justiça com vingança.

            É tempo de acordar e perceber que estamos no comando de nossa própria embarcação, e decidimos através do livre-arbítrio, os rumos de nossa viagem pelos mares do crescimento, da evolução.

            Decidimos se chegaremos logo aos destinos, ou se per-maneceremos por muito tempo à deriva.

            Decidimos se manteremos o olhar no horizonte, e os ouvidos encantados pelo som do mar, ou se nos deixaremo  seduzir pelo canto  perigoso das sereias destas distrações do caminho que buscam nos fazer afundar, vestindo-se com trajes belos apenas.

            Somos nós que decidimos o momento de perdoar.

           Somos nós que decidimos o momento de começar a amar.

            O amor não nos escolhe... Nós escolhemos o amor.

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