Não é raro se ouvir afirmativas como “eu creio que vai
chover”, “creio que vai fazer muito frio este ano, creio que vou para o céu
ou para o inferno”, etc.
Sem dúvida essas são opiniões que não têm nenhum compromisso com a verdade.
São meras crenças. E a crença é cega.
No entanto, uma pessoa que conhece meteorologia e tem equipa-mentos para
sondar o clima, poderá afirmar se irá chover ou fazer calor nos próximos
dias.
Certamente as pessoas que têm conhecimento são as mais indica-das para opinar
sobre os assuntos que dominam.
Não poderia ser diferente quanto às questões relativas às crenças
religiosas.
Nesse particular é sempre importante buscar o conhecimento com os sábios que
realmente sabem sobre as leis que regem o universo.
Acreditar nesta ou naquela fórmula, neste ou naquele movimento, numa receita
qualquer de felicidade, não é próprio de pessoas que desejam saber o porquê
e o significado das coisas.
Aproveitando-se das pessoas que aceitam tudo sem exame, sem uma análise
profunda das propostas apresentadas, sempre houve e sempre haverá os
pregadores de ilusões.
E eles não precisam de muito esforço, não. Basta prometer a felici-dade
póstuma e receitar uma fórmula simples e fácil, que conse-guem inúmeros
seguidores fiéis.
Mas, se diante das prescrições perguntássemos se isso realmente nos ajudará
e de que maneira; qual será nosso crescimento efeti-vo, esse tipo de proposta
desapareceria.
Temos de convir que, se os cultos exteriores, as promessas fáceis, as
palavras decoradas ditas sem emoção, trouxessem felicidade, não haveria
nenhum infeliz no mundo.
Comece perguntando a si mesmo se determinada prática lhe fará efetivamente
mais feliz, lhe trará mais conhecimento das coisas, mais grandeza d'alma.
Se uma barganha, uma troca de favores, é interessante para ambas as partes
ou somente para uma delas.
Pergunte-se o que faria com o objeto que costuma oferecer em troca de um
favor dos céus, caso o recebesse de alguém.
Que utilidade teria para você o objeto ou a atitude que oferece co-mo
pagamento de um favor.
Se o objeto for oferecido a Deus, que é o supremo senhor do uni-verso, o que
Deus faria com a sua oferta?
“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
O que Deus faria com as coisas de César?
O que ele faria com as quinquilharias que nem para nós, criaturas
imperfeitas, teriam utilidade?
Busque, assim, o conhecimento das leis morais que regem o univer-so.
Se você é cristão, encontrará nos ensinos de Jesus informações im-portantes
que lhe ajudarão a abrir os olhos do intelecto e apreciar o mundo de uma
forma mais ampla e lúcida.
“A cada um segundo suas obras”, afirmou Jesus. Ele é um espírito que possui
autoridade intelecto-moral para nos orientar sobre as verdades da vida, pois
já trilhou o caminho que hoje estamos per-correndo.
Ao dizer: “Antes que Abraão fosse, eu sou”, ele se referia a sua maturidade
espiritual, que foi conquistada antes dos primeiros ho-mens habitarem o
planeta.
Jesus prescreveu o amor a Deus acima de tudo, e ao próximo como a si mesmo.
Eis um guia seguro, que nos conduzirá à felicidade eterna.
E amar a Deus é conhecer suas leis e vivê-las. As leis naturais e as leis
morais.
Mesmo antes de Jesus vamos encontrar sábios que também ensina-ram grandes
verdades, como Sócrates, Platão, Aristóteles, entre outros.
Em vez da crença cega, que certamente nos levará a grandes dece-pções e
desilusões, optemos pelo conhecimento das coisas.
Somente o conhecimento da verdade nos fará livres. Livres de tan-tas
esquisitices e fórmulas sem sentido que só nos retardam o acesso à
felicidade que desejamos tanto.
Pense em todas essas considerações, e opte por uma das alternati-vas: crença
cega, ou conhecimento lúcido e fé inabalável.