As minhas muitas atividades

Recebida em 10/08/2014


Constantemente encontramos pessoas indispostas e queixosas, diante dos compromissos que assumiram espontaneamente, ou que tiveram que assumir, premidas pela necessidade.

Muitas delas, tornadas infelizes, passam a não fazer bem feito o que têm aos seus cuidados, sob mil alegações, tais como:

Não ganho para isso...

Ninguém me dá valor...

Estou estressado com tantas coisas...

Enquanto me acabo, há outros que não fazem nada...” E outras alegações, que apenas ampliam dificuldades.

É verdade que vemos mães e pais de família sobrecarregados dian-te dos deveres domésticos que lhes pesam.

Os compromissos de cuidar do lar, da família e da profissão, ao mesmo tempo, provocam desgastes e cansaço, indiscutivelmente.

No entanto, partindo-se do princípio de que Deus não concede um fardo maior do que as forças de quem o vai conduzir, como estabe-lece a voz popular, constatamos que os aborrecimentos são injusti-ficados.

Concebendo-se a perfeição das Leis Divinas em tudo, também esse rol de atividades e de lutas está sob o foco dessa Divina Perfeição.

Por outro lado, a adoção das reclamações e do mau humor perma-nente não solucionará os problemas, nem diminuirá os deveres à frente deles. Antes, ampliará as torturas sob as quais a pessoa ale-ga viver.

Você pode escolher: fazer o que tem que fazer com raiva, má von-tade, e tornar seu dia terrível.

Ou, fazer o que você tem que fazer conservando a calma, a paci-ência, e buscando nessas atividades algo que lhe ensine sobre a vi-da.

Você ainda pode verificar se realmente não está trabalhando de-mais, cansando-se demais, em virtude de querer ter mais coisas, de desejar manter um padrão de vida econômico e financeiro me-lhor.

Se for por isso, a reclamação é indevida. A situação só depende de você para ser resolvida.

Se você é compelido a essas múltiplas atividades, porque elas são vitais para o equilíbrio social da família, da sua vida; se não há modo de alterar esse quadro, sem graves prejuízos, para você e os seus, então, você está em meio a vicissitudes importantes para o reequilíbrio geral, perante as Leis de Deus.

Se a sua jornada múltipla atende a necessidades intransponíveis, seja numa fase da sua vida ou seja durante toda a vida terrena, pense na importância disso para o seu reajustamento espiritual.

Pense na sementeira abençoada para o próximo futuro.

Veja, por outro lado, que você trabalha muito agora, sim, e censu-ra os que nada ou muito pouco fazem, no campo dos seus conheci-mentos.

Avalie que esta situação que essas pessoas vivem hoje em dia, de modo displicente, cria para elas a necessidade do reacerto com as Leis Eternas, no porvir.

A diferença entre elas e você é que você já se encontra em franco processo de reajustamento, respondendo pela má utilização do tempo em épocas passadas.

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Faça tudo com alegria íntima, porque você está em rota de liberta-ção.

O que lhe dói não é o trabalho em si, pois o trabalho é Lei de Deus.

O que o atormenta é o preço do resgate, caracterizado pela indife-rença do mundo para com a sua luta particular.

Da próxima vez que você pensar e lamentar a respeito de suas mui-tas atividades, lembre-se disso: o trabalho é oportunidade maravi-lhosa de crescimento interior.

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Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita,
com base no cap. 23 do livro Para uso diário,
do Espírito Joanes, psicografia de José Raul Teixeira, ed. Fráter.

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Redação do Momento Espírita
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