Aborto Não Realizado

Recebida em 08/02/2008


A gravidez veio na hora indesejada, lembrava-se Laura. Veio na ho-ra errada e ainda trazia riscos de várias ordens. A saúde debilitada, problemas familiares, o desemprego...

Seu primeiro impulso foi o aborto. Tomou uns chás que, em vez de “resolver”, a debilitaram ainda mais.

Recuperada, buscou uma dessas pessoas que arrancam, ainda no ventre, o chamado problema das mães que não desejam levar adi-ante a gestação.

Naquele dia, a parteira havia adoecido e faltara.

Laura voltou para casa preocupada, mil situações lhe passavam pe-la mente.

À noite, deitou-se e custou a adormecer, mas foi vencida pelo so-no. No sonho viu um belo jovem pedindo-lhe algo que, na manhã seguinte não soube definir.

Durante todo o dia não conseguiu tirar aquela imagem da mente, de sorte que esqueceu a gravidez.

Na noite seguinte voltou a sonhar com o mesmo jovem, só que acordou com a agradável sensação de tão doce quanto agradável “obrigado”.

Era como se ainda visse seus lábios pronunciando palavras de agra-decimento, enquanto de seu coração irradiava uma paz indefinível.

Desistiu do aborto. Enfrentou tudo, superou todos os riscos e saiu vitoriosa...

Hoje, passados 23 anos do episódio, ouve consternada seu belo e jovem filho pronunciar, do púlpito da solenidade de sua formatura, ante uma extasiada multidão:

...agradeço sobretudo à minha mãe, que me alimentou o corpo e o espírito, dando-me não só comida, mas carinho, companhia, amor e, principalmente, vida.

E, olhando-a nos olhos, o filho pronunciou, num tom inconfundível:

- Obrigado!

Ela não teve dúvidas. Foi o mesmo obrigado, doce e agradável de um sonho, há 23 anos...

======================================

A mulher que nega o ventre ao filho que Deus lhe confia, nega-se a si mesma a oportunidade de ouvir a cantiga alegre da criança inde-fesa a rogar-lhe carinho e proteção.

Perde a oportunidade de dar à luz um espírito sedento de evolu-ção, rogando-lhe uma chance de reencarnar, para juntos supera-rem dificuldades e estreitarem laços de amizade e afeto.

Se você mulher, está passando pela mesma situação de Laura, mi-re-se no seu exemplo e permita-se ser mãe.

Permita-se sentir, daqui há alguns meses, o agradecimento no olhar do pequenino que lhe roga o calor do colo e uma chance de viver.

Conceda-se a alegria, de daqui há alguns anos ornamentar o pescoço com a joia mais valiosa da face da terra: os bracinhos frágeis da cri-ança, num abraço carinhoso a lhe dizer: obrigado mamãe, por ter me permitido nascer e crescer, e fazer parte desse mundo negado a tantos filhos de Deus.

======================================
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em História
publicada no Jornal “Caridade” de maio/junho de 1997 pág. 3).
======================================
Redação do Momento Espírita

www.reflexao.com.br

Fundo Musical: I Will Aways Love You - Whitney Houston
 

 
Anterior Próxima Mensagens Menu Principal