O que mais preocupa não é o
grito dos violentos, nem
dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem caráter, nem dos sem
ética.
O que mais preocupa é o silêncio dos bons!"
Martin Luther King
A Grave Problemática da Corrupção
Conforme o dicionário, corrupção é adulterar, corromper, estragar,
viciar-se.
Nos dias em que vivemos, muito se tem falado a respeito da corrupção. E,
quase sempre, direcionando as setas para os poderes públicos.
Pensamos que corrupção esteja intimamente ligada aos que exercem o poder
público.
Ledo engano. Está de tal forma disseminada entre nós, que, com certeza,
muito poucos nela não estejamos enquadrados.
Vejamos alguns exemplos.
Quando produzimos algo com qualificação inferior, para auferir maiores
lucros, e vendemos como de qualidade superior, estamos sendo corruptos.
Quando adquirimos uma propriedade e, ao procedermos a escrituração,
adulteramos o valor, a fim de pagar menos impostos, estamos disseminando
corrupção.
Ao burlarmos
o fisco, não pedindo ou não emitindo nota fiscal, estamos nos permitindo a
corrupção.
Isso tem sido comum, não é mesmo? É como se houvesse, entre todos, um
contrato secretamente assinado no sentido de eu faço, todos fazem e ninguém
conta para ninguém.
Com a desculpa de protegermos pessoas que poderão vir a perder seus
empregos, não denunciamos atos lesivos a organiza-ções que desejam ser
sérias.
Atos como o do funcionário que se oferece para fazer, em seus dias de folga,
o mesmo serviço, a preço menor, do que aquele que a empresa a que está
vinculado estabelece.
Ou daquele que orienta o cliente, no próprio balcão, entre-gando cartões de
visita, a buscar produto de melhor qualidade e melhor preço, segundo ele, em
loja de seu parente ou conhecido.
Esquece que tem seu salário pago pelos donos da empresa para quem deveria
estar trabalhando, de verdade.
Desviando clientes, está desviando a finalidade da sua atividade,
configurando corrupção.
Corrupção é sermos pagos para trabalhar oito horas e che-garmos atrasados,
ou sairmos antes, pedindo que colegas passem o nosso cartão pelo relógio
eletrônico.
É conseguir atestados falsos, de profissionais igualmente corruptos, para
justificar nossa ausência do local de trabalho, em dias que antecedem
feriados.
Desvio de finalidade: deveríamos estar trabalhando, mas vamos viajar ou
passear.
É promovermos a quebra ou avaria de algum equipamento na empresa, a fim de
termos algumas horas de folga.
É mentirmos perante as autoridades, desejando favorecer a uns e outros em
processos litigiosos. Naturalmente, para ser agradáveis a ditos amigos que,
dizem, quando precisarmos, farão o mesmo por nós.
Corrupção é aplaudir nosso filho que nos apresenta notas altas nas matérias,
mesmo sabendo que ele as adquiriu à custa de desavergonhada cola.
E que dizer dos que nos oferecemos para fazer prova no lugar do outro? Ou
realizar toda a pesquisa que a ele caberia fazer?
Sério, não?
Assim, a partir de agora, passemos a examinar com mais vagar tudo que
fazemos.
Mesmo porque, nossos filhos têm os olhos postos sobre nós e nossos exemplos
sempre falarão mais alto do que nossas palavras.
Desejamos, acaso, que a situação que vivemos em nosso país tenha
prosseguimento?
Ou almejamos uma nação forte, unida pelo bem, disposta a trabalhar para
progredir, crescer em intelecto e moralidade?
Em nossas mãos, repousa a decisão.
Se desejarmos, podemos iniciar a poda da corrupção hoje mesmo, agora.
E se acreditamos que somente um de nós fazendo, tudo continuará igual, não é
verdade. Os exemplos arrastam.
Se começarmos a campanha da honestidade, da integrida-de, logo mais os
corruptos sentirão vergonha.
Receberão admoestações e punições, em vez de aplausos.
E, convenhamos, se não houver quem aceite a corrupção, ela morrerá por si
mesma.
Pensemos nisso. E não percamos tempo.
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Equipe do site Site Momento de Reflexão
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