SERÁ DOCE MORRER NO MAR?
Marcial Salaverry
Por mais que
desenvolva a tecnologia, o mar sempre será um mistério para nós.
Ainda não
conseguimos decifrar todos os enigmas que o mar nos
apresenta.
Nem a Atlântida
ainda foi encontrada.
Não se
pode afirmar com segurança se realmente existe esse Continente Perdido, ou
se é mera lenda.
Quem saberá
dizer o que se esconde nas profundezas dos Oceanos...
Muitos navios ainda
estão “desaparecidos”, sem que se-quer se encontre rastro deles.
Não só
navios, mas aviões,
helicópteros, e pessoas... quan-tas pessoas foram tragadas pelo mar, sem
que jamais se tivesse notícia delas...
O fenômeno das marés
também não é totalmente expli-cado.
Haverá mesmo influência da lua?
O mar tem muito da
natureza humana.
Ora se apresenta calmo, tranquilo, com ondas lembrando um
suave marolar, como uma mãe embalando seu filho...
Contudo, quando
enfurecido, varre tudo com enormes ondas, quando ocorre o fenômeno da
ressaca, lembrando assim o lado belicoso das pessoas, sempre prontas para
a guerra.
Contudo,
algo é imutável.
Sua grande
beleza.
Em qualquer das manifestações, o mar sempre é um espe-táculo
grandioso que encanta os olhos mais empedernidos.
Seja na tranquila
beleza de seus momentos de calmaria, quando nossa vista não se cansa de
admirar suas ondas, num suave ir e vir, que lembra doces momentos de
amor.
Seja no enfurecer de
uma ressaca, quando suas ondas jogam-se selvagemente, arrasando com tudo
que encontrar pela frente, lembrando paixões ou ódios
violentos.
Sempre, porém, um
belo espetáculo, coroado pelo ponto máximo de atração, que é nascer e o
por do sol, sempre deslumbrantes, isso sem falar no luar, que enleva corações
românticos.
Como se não bastasse
a beleza natural, como se não bas-tassem os mistérios que tanto encanto lhe
empresta, o mar ainda nos brinda com o melhor de nossos alimentos.
E ele não coloca dificuldades para
que possamos nos ser-vir.
Basta-nos pescar...
O mar apenas cobra
tributo de quem não sabe respeitá-lo e não toma os devidos cuidados ao
invadi-lo.
Há que se saber
respeitar o mar, para não ser engolido por ele...
É preciso conhecer seus
humores, se está calmo ou irado.
Se está com fome, querendo engolir quem
abusar.
Quando o
mar está enfezado, com as ondas um pouco mais fortes, os caiçaras costumam
dizer que ele está “com fome de jacus”, ou seja, pessoas que não tomam os
devidos cuidados, seja entrando no mar embriagadas, seja abusan-do das
brincadeiras e deixando-se levar por ondas engano-sas.
O mar só causa problemas para quem
não o respeita, e, para evitar esses perigos, basta
respeitá-lo.
Desejando UM LINDO DIA, com um pequeno poema sobre meu amigo
MAR...
Fundo Musical:
La Mer
MISTERIOS DO MAR
Marcial Salaverry
O mar tem mistérios insondáveis, esconde segredos
incon-táveis...
Às suas ondas, segredos
confiamos,
muitas vezes nelas
de-positamos nossos desejos... nossas
oferendas... queremos com essas prendas, ver desejos
realizados...
O sol, nascendo ou se pondo, parece as ondas incendiar, espetáculo para sempre se
admirar...
Queremos sempre amar o mar... devemos seus segredos
desvendar, ou
a ele os nossos entregar...
O amor não se perde no
mar, quando estamos a amar, as
ondas não deixarão o amor fugir, nem
sequer se diluir...
Formatado por
Thereza Cristina
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