Não podemos deixar o amor entrar na rotina,
que sempre será
um perigo para sua manutenção...
Ósculos e amplexos,
Marcial
O Amor é um sentimento cheio de alternativas. Passa por um sem núme-ro de fases, e decididamente vitorioso, é aquele amor que se sobrepõe a tudo, e vai atravessando os anos sem se abalar com as modificações que ocorrem no físico dos parceiros.
Resiste inclusive, a problemas financeiros, de saúde, e muitas vezes até mesmo à morte de um deles.
Agora para chegar-se a esse ponto, há que se administrá-lo muito bem. É necessário haver um sentimento de amizade, de carinho e de respeito muito forte, pois desentendimentos sempre surgem, e, para superá-los é necessário que se meçam as palavras, os gestos, pois uma agressão mais forte, seja física ou verbal, pode ser suficiente para terminar um re-lacionamento.
Precisamos sempre estar atentos a pequenos detalhes que vão marcan-do, pelo caminho, a personalidade de nossa parceria, e precisamos tam-bém fazer com que ela perceba os sinais que deixamos. O interesse tem que ser recíproco, pois é exatamente nessas pequenas coisas que irá se formando a base de tudo.
Li um pensamento de um amigo, o poeta Edson L. Nascimento, que retra-ta bem esse aspecto importantíssimo do relacionamento de amor: "O amor é como uma deliciosa fatia de bolo, só damos importância às miga-lhas que ficam no prato quando o bolo acaba". Quantas vezes vi esse filme... Após uma discussão mais séria, após o fim do relacionamento, uma das partes lamentava-se por não ter presta-do atenção a certas atitudes de sua parceira, onde ela procurava mostrar que certas atitudes suas não estavam agradando. Lamentava não ter percebido isso, permitindo assim que a mágoa fosse se avolumando ao ponto de causar uma explosão fatal.
Por outro lado, um amigo reclamava que sua esposa não lhe dava a devi-da atenção, não era carinhosa... Apenas ele não notou que ela tinha uma natureza mais fechada, mostrava seu amor e seu carinho cuidando bem da casa, fazendo tudo que ele queria... ele apenas não via nisso um ca-rinho, achando que ela fazia apenas por obrigação. Ora, nem todos tem a mesma natureza expansiva.
Nos dois casos acima, o que faltou foi o diálogo, uma conversa mais franca, onde ambos poderiam expor seu ponto de vista, permitindo um entendimento melhor.
Outro ponto que implica em algumas separações desnecessárias, é o es-friamento pelo interesse sexual. Por vezes, de uma das partes, por vezes de ambas as partes.
Isso nem sempre é indicativo de que o amor acabou. O que ocorreu, é que a convivência rotineira de muitos anos, determinou esse “esfriamen-to”. Sempre a mesma rotina, muitas vezes, com dia, hora e tempo de du-ração marcados. Complica mesmo.
O casal sempre deve procurar uma quebra
de rotina, uma viagem, uma ida a um motel, muitas vezes até mesmo a
aventura de uma transa na praia, ou mesmo no mato. Coisas que possam
quebrar a rotina, evitando o “agendamento” das relações sexuais com hora
marcada. Sempre deve haver
uma surpresa. A rotina é que muitas vezes provoca o
esfriamento. E uma tecla que jamais me cansarei de bater. Diálogo é o mais importan-te. Sentindo qualquer problema no ar... conversem, tirem as dúvidas... acertem-se e aceitem-se. É o melhor caminho, não tenham dúvidas.
As migalhas do bolo... prestem
sempre atenção a elas, porque se o bolo acabar, vão sentir falta dessas
migalhas que não souberam degustar... E para completar a receita do bolo,
desejo a todos UM LINDO DIA.
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