Aqui cabe uma análise interessante. Na verdade,
mas naquela verdade
ver-dadeira, quem poderá ser chamado de “homem verdadeiro”?
Existem diversos pontos de vista diferentes, mas todos,
ou quase todos, con-vergem para um mesmo e básico ponto de vista, ou seja, o homem
verdadei-ro é aquele que sabe ser Macho...
Alguns interpretam como sinal de macheza o cara
forte, musculoso, capaz de entortar uma barra de ferro, outros já acham
que é aquele que é bom de briga, que sabe todas as lutas marciais, e
que inclusive conhece boxe. Já existe quem interprete como
homem verdadeiro, aquele que “come todas”,
aquele que jamais será corneado (e, se for, jamais o admitirá...),
ou então aquele que jamais “falhará”
na hora “H” (quem em sã
consciência poderá ad-mitir que nunca “falhou”?).
Isto tudo poderá ser sinal de macheza, de
força ou potência físicas. Para muitos, indica quem é o “homem verdadeiro”, mas também
pode indicar quem é o “grande mentiroso”.
Contudo, no meu entendimento, não é por aí que se
pode provar quem ou o que é o “homem verdadeiro”. A verdadeira indicação está em
seu
caráter, e
não em seu físico.
Podemos considerar como um homem verdadeiro, aquele que além,
de
conhecer seus pontos fortes, também conhece os fracos, e os admite. Pode
ser
aquele que tem assistido a ascensão feminina no campo de trabalho,
nas
atividades sócio
econômicas e mesmo na política, achando
isso mais do que
justo.
Que acha normal as mulheres estarem atualmente
desempenhando, seja no campo profissional, esportivo ou artístico, atividades antes restritas
aos
homens. E que não reclama disso. Pelo contrário, tem até muito
prazer em
compartilhar tudo com elas. Que quer tê-las caminhando a seu
lado, e sem-pre
atuantes, e nunca atrás, submissas, como há bem pouco
tempo aconte-cia.
Muito mais do que antes as mulheres agora são
amadas, não porque “cum-prem
suas obrigações de esposa”, estando sempre
prontas para o sexo, quan-do seu homem estalava os
dedos, fazendo sexo por “obrigação”, mas sim
porque compartilham o ato sexual. Não porque são excelentes
cozinheiras e
donas de casa, mas porque além disso, ainda colaboram para
o sustento da casa, e compartilham de todas as responsabilidades do
lar.
Esse homem de verdade, compartilha tudo com a
mulher de sua vida,
ou
com quem nela passar. Se for o caso vai para a cozinha ajudar, colabora
nas
tarefas domésticas. Afinal, ela não está colaborando também
para o sustento da casa? Nada mais justo que tenha alguma ajuda em
suas antigas funções. Tudo compartilhado, tudo dividido...
Na verdade, o “homem verdadeiro” gosta e muito da mulher (e de
mu-lher...).
Como companheira para tudo, e não apenas para cama, mesa
e banho. Sabe, inclusive, ser gentil e carinhoso. Não podemos
esquecer de que,
recebendo carinhos e a devida atenção, elas sempre saberão retribuir
adequadamente.
Mesmo se não viver junto, saberá sempre aceitar
suas opiniões, saberá
en-tender que existem certos problemas unicamente femininos, como mens-truação, TPM, gravidez, enxaquecas, e que nem sempre elas
estão dispostas
para o sexo. Mas que saberá também fazer com que ela entenda que existe,
certos problemas nitidamente masculinos (que poucos admitem, por machis-mo),
tais como uma fadiga natural que possa tirar uma eventual vontade de “daquilo”, que
eventualmente também poderá ter sua “enxaqueca”, que sa-berá conviver com seu possível problema prostático, e saberá conversar
disso
naturalmente.
Enfim, o que se pode considerar como “homem verdadeiro”, é aquele
que sabe conviver com os defeitos e virtudes femininos, e sabe expor
seus defei-tos e virtudes, aceitando como coisas naturais, tanto um como
outro. Que
sabe, principalmente, que a única diferença básica que existe
entre homens e
mulheres, é aquela que sempre vale a pena ser conferida.
Esperando que esta
minha opinião sobre “homens verdadeiros” seja
bem aceito por todos, homens e mulheres, desejo a todos, mesmo para os
que
estejam em desacordo,
UM LINDO DIA.
Marcial Salaverry
Santos - SP
Fundo Musical: Quiereme Mucho |