Para aqueles que se
amam verdadeiramente, e que conseguem superar o tempo vivendo um amor
completo, mantendo um relacio-namento com base sólida, cimentada em muito
amor e carinho, sempre preocupa a possibilidade de uma separação causada
pela partida de um deles.
Como o remanescente sobreviverá ao trauma
dessa separação inevi-tável, é algo que somente o fato em si poderá
determinar.
É preciso muita força de vontade para não se entregar ao
desespero.
É preciso muita vontade de viver para superar esse trauma.
Nem
todos têm essa força.
Nem todos conseguem superar essa dor.
Para
quem está
de fora, é muito simples falar na vontade de Deus, e que o destino quis
assim.
Mas sua cabeça dá um nó.
Seu coração parece querer pular fora do
peito.
Sua alma chora noites seguidas.
Mas a vida continua, e é
preciso começar a imaginar que quem partiu não gostaria de ver seu
parceiro entregar-se à dor.
É preciso pensar que o amor não morreu, e que
em algum lugar po-derá estar observando, e se entristecendo com sua
incapacidade de reagir.
Há que ir até o fundo da alma, retirar
aquele restinho de vida que lá está, e fazê-lo aflorar.
Para vencer a
dor da saudade, é preciso aprender a driblar a tristeza que sempre invade
a alma, procurando recordar aqueles momentos de muita felicidade vividos
juntos.
As doces recordações sempre amenizam a tristeza da saudade,
mu-dando uma saudade doída, para uma saudade doida, que inclusive poderá
fazer sorrir ao invés de chorar.
Há que se entender que a morte pode
nos levar o ente querido, mas jamais levará o amor que foi vivido.
Este permanece latente em nosso interior.
Algo que dá vontade de fazer é uma espécie de pacto, para que ambos
possam embarcar juntos para a derradeira viagem.
Infelizmente quase nunca isso é possível, e o remanecente deverá
continuar vivendo, com a certeza de que esse é o desejo de quem partiu,
pois o amor quando é verdadeiro, sobrevive à morte.
As boas recordações fazem-no viver dentro do coração, que pode parar se
não soubermos vencer a dor que insidiosa se infiltra em nossa alma.
Já houve casos em
que o parceiro empreendeu a mesma viagem poucos dias após, cedendo à
dor, como também casos houve em que o remanescente conseguiu reagir, e,
com o apoio espiritual da parceria querida, conseguiu refazer a vida.
Claro que as lembranças jamais se apagaram, mas ficaram apenas como aquela
infinda saudade gostosa de um tempo muito feliz.
E sempre tendo UM LINDO
DIA.