COMO VIVER UM RELACIONAMENTO MADURO
Marcial Salaverry
É necessário deixar bem claro que um Relacionamento Maduro não é necessariamente aquele vivido entre pessoas maduras, de idade madura, mas sim, um relacionamento entre pessoas equilibradas, e que saibam vivê-lo maduramente, com seriedade, não permitindo que ele amadureça demais e apodreça, ou que sim-plesmente se desgaste com o uso...
Meu querido amigo L’Inconnu, esteve passeando um pouco, e, via e-mail, passou-me o seguinte pensamento, que se encaixa à perfeição nesse tema. Vejam:
Num relacionamento maduro, o outro deve ser um acréscimo, e nunca um complemento.
Claro.
Você deve completar o seu amor, e não simplesmente complementá-lo abdicando por isso de sua perso-nalidade.
É preciso notar-se a sutil diferença existente entre completar o amor e complementar o amor.
O ideal é completar o amor, ou seja, somar sua personalidade, seu jeito de ser, à personalidade e ao jeito de ser do parceiro, permitindo que se componha uma parceria entre ambos, e não apenas uma sociedade.
Se apenas complementar, estaremos nos transformando em uma extensão do parceiro, isto é, abdicando da real personalidade, e complementando a personalidade do outro.
E isso não é bom, pois mais cedo ou mais tarde, iremos sentir que renunciamos à nossa vida, e, claro, nos arrependeremos disso mais tarde.
Mas ocorre que muitas vezes isso acontece tarde demais.
Assim, quando formos iniciar um relacionamento, sempre deveremos pesar bem os prós e os contras, vendo bem no que será preciso haver uma modificação, visando um melhor entrosamento, sendo importante que o outro lado também ser conscientize de que precisará se modificar para que as engrenagens funcionem bem.
A reciprocidade é fundamental.
Claro que nem tudo poderá ser acertado de início.
Ficarão arestas, que precisarão ser acertadas com muita consciência e paciência.
Costumo comparar um relacionamento com duas engrenagens que de início não estão perfeitamente sin-cronizadas, sendo então necessário que tais arestas sejam aparadas com jeito, para que não paralisem a engrenagem toda.
Há que se colocar um óleo nela, para minimizar o atrito, evitando que se quebre.
Fazendo um peque-no comercial, existem duas marcas boas de óleo, são elas, Diálogo e Compreensão.
Usando-as, evitam-se atritos e rupturas.
Agora como os parceiros se completam, ao invés de um complementar o outro, é imprescindível o bom emprego desses óleos, pois cada qual deverá ceder um pouco, em benefício do entendimento total.
Lógico que isso leva tempo, daí a importância dos óleos.
Eles permitirão que as arestas se toquem e se acomodem, sem que haja a ruptura.
Isso é o que eu entendo como Relacionamento Maduro.
Desde o início ambos se respeitaram, sabendo observar os espaços, sabendo respeitar os direitos um do outro.
Nada de imposições, tipo “Eu não admito isso”, nem tampouco a submissão, do tipo:
“Está bem, amor, você é quem sabe...”.
Nem tanto ao mar, nem tanto a terra.
As coisas devem ser resolvidas de comum acordo, mormente as decisões mais importantes, que envolvem a vida em comum.
Ambas as partes devem opinar com igual peso, em busca de um consenso.
Quando divergirem, a questão deverá ser reestudada.
Para que esse relacionamento vingue, o principal, é que ninguém queira dominar ninguém.
Não tem essa de “Quem manda em casa”.
Comparo o relacionamento a uma sociedade comercial.
Ambos tem direitos e deveres iguais. Ninguém manda absoluto.
O predomínio de um dos lados, com a consequente submissão do outro, é fator altamente negativo para a durabilidade dessa união.
Até mesmo no sexo tem que haver respeito...
Mas sobre isto vamos conversar depois, senão o assunto vai longe.
Aliás, a respeito do respeito no sexo, aguardo algum palpite...
Alguma sugestão...
E com essa ideia, espero que todos tenhamos UM LINDO DIA