Um dos comentários mais frequentes que escuto, principalmente quando se fala em diálogos de pais e filhos, é a famosa frase: Não faça isso, ou aquilo. Eu sei o que é o melhor para você. Faça desta maneira...
Não se deve determinar o caminho a ser seguido, pode-se, quando muito, indicar qual poderia ser o melhor caminho a ser seguido.
Isso se a pessoa desejar receber informações.
Deve-se dar a chance de errar.
Gostaria de comentar sobre um pensamento de Paulo Coelho, que diz: Quem interfere no destino dos outros, nunca descobri-rá o seu...
Isto vem muito a calhar para algumas pessoas que conheço, que se preocupam por demais em procurar "o que é bom para você", ou seja, só querem atender às necessidades dos outros, cuidam mais da vida de parentes, sejam filhos, irmãos, sobrinhos, do que da própria.
Assim, na maioria das vezes atrapalham a existência das "vítimas" desses cuidados excessivos, e não conseguem viver a própria vida.
Não quero dizer que SÓ devemos nos preocupar conosco.
Isso já seria uma espécie de egoísmo, fechar os olhos para os problemas alheios.
O que não podemos permitir, é que a vida de terceiros se sobreponha à nossa.
Temos que nos manter sempre em condições de poder socorrer a quem necessite de uma real ajuda.
E só poderemos fazê-lo, se estivermos bem conosco.
Por uma questão de solidariedade, de humanidade, devemos estar ATENTOS ao que se passa à nossa volta.
Devemos atender às necessidades de outrem, quando nos for POSSÍVEL.
Se sacrificarmos nossa existência em benefício de outros, não só deixaremos de viver, como impediremos que outros APRENDAM a viver.
O segredo da diferença está no meio termo, no equilíbrio de atitudes.
No emprego correto da famosa frase "é melhor ensinar a pescar, do que já dar o peixe pronto para ser comido."
Muita gente talvez discorde desta maneira de encarar a vida, por achar que sempre devem dar tudo de si para facilitar a vida dos filhos (por exemplo).
Aí, quando for embora, como vai ficar a vida deles?
Estão acostumados a comer o peixe, mas não sabem pescar...
Além do mais, existe uma grande verdade: antes de distribuir amor aos outros, aprenda a amar-se.
Se você conseguir SE amar, poderá saber discernir se o que você espalha é realmente AMOR, ou apenas facilidades, tentando evitar que os outros sofram.
Ora, no sofrimento, na dor, é que realmente aprendemos a dar valor aos bons momentos.
Se nos for tirado o direito de errar, de sofrer, de sentir dor, como é que vamos saber que esses sentimentos existem?
Como poderemos aprender a evitá-los?
Isso só a vida ensina.
E é algo que deve ser permitido a todos: APRENDER A VIVER ÀS PRÓPRIAS CUSTAS.
Só para terminar.
Quando tiverem que lidar com alguém de quem não gostam, aí vai uma pequena sugestão:
Antes de qualquer atitude de rejeição, pensem "o que eu faria se gostasse dele?".
Sabem que funciona...
Muitas vezes, por uma antipatia pessoal (às vezes inexplicável), deixamos de socorrer alguém que está no sufoco.
Existem certas horas em que desavenças pessoais devem ser esquecidas.
Em certos momentos não existem amigos ou inimigos.
Imaginem-se na situação inversa, e analisem que atitude gostariam de receber.
Bem crianças, deixando-os nessa dúvida cruel, ordeno:
TENHAM UM BOM DIA.
VIVAM E DEIXEM VIVER.
SEJAM FELIZES.
Quem não quiser me obedecer... azar dele, ora... quem manda não ser obediente.
Manda quem sabe e pode, e obedece quem tem juízo.
E CLARO, UM LINDO DIA, NÃO FAZ MAL A NINGUÉM...
Formatado por Thereza Cristina
Fundo Musical:
Roberta (Instrumental)