As dores do amor são na alma sentidas
 

Recebi em 31/01/2023

 

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Reflexão, no final tem um Link para Abrir a Música que é Cantada.

 

Pode  não ser uma dor física, mas

como dói, essa dor do amor, que é sentida na alma...

Ósculos e amplexos,
Marcial


AS DORES DO AMOR  SÃO NA ALMA SENTIDAS
Marcial Salaverry

Dizem que existem duas dores no amor, que doem fundo, e uma delas, acon-tece quando a relação termina unilateralmente, ou seja alguém termina um rela-cionamento, mas o amor persiste em um dos lados que, logicamente não se con-formará facilmente com o fato de não mais ser amado.

Não é fácil acostumar-se com a ausência de quem queríamos a nosso lado.

Perguntamo-nos porque fomos rejeitados, não nos conformando por não sermos amados com a mesma intensidade que amamos, e isso dói fundo em nossa alma.

Sentimos falta dos beijos, dos abraços, daquelas ternas carícias, e perguntamo-nos como tanto amor pode acabar.

Mas acabou, e torna-se necessário substituí-lo, para não ficar apenas nas lembranças.

Temos que nos dar a chance de viver novamente.

Se não foi possível com um amor, será com outro.

Não podemos deixar de viver, apesar da dor.

Por paradoxal que possa parecer, a segunda dor é justamente essa “operação limpeza” que precisamos fazer, pois teremos que esvaziar nosso coração, deletando a saudade que teimosamente lá permanece.

Não é muito fácil remover de nosso interior tudo aquilo que lá temos enraizado.

Mas é imperioso fazê-lo, mesmo que nos doa, pois se não o fizermos, a dor continuará doendo, e não conseguiremos viver um novo amor dessa maneira.

Estranhamente vai nos doer para nos livrarmos dessa dor.

Algo como a picada da anestesia que o dentista aplica antes de extrair o dente.

O efeito da anestesia ainda permanecerá algum tempo, deixando-nos como que adormecidos...

Mas que alívio depois...

Assim será a “extração das lembranças perdidas”.

Vai doer, mas passa logo, e a vida estará novamente à nossa frente, esperando que a vivamos com renovada alegria de viver.

Na realidade, o que atrapalhava era aquela necessidade masoquista de curtir a tristeza do amor perdido.

Perdíamos-nos nas lembranças dos gostosos momentos vividos, fechando os olhos para a possibilidade de reviver as mesmas alegrias ao lado de outro alguém.

Ninguém é totalmente insubstituível.

Não podemos ficar eternamente apegados ao amor, tanto quanto à pessoa que um dia amamos.

Precisamos esquecê-lo para voltar a viver com alegria, mesmo que sempre fique aquela lembrança guardada lá no fundo, pois um amor verdadeiro, jamais será esquecido totalmente, mas podemos tê-lo como um momento bom vivido, e que já acabou.

Embora deixando boas recordações, acabou, e a vida continua.

Certamente essa será uma dor mais amena, quase imperceptível.

Não mais a querermos a nosso lado, mas a queremos em nossa saudade.

Estranho, não?

Mas a capacidade de amar nos faz ver que estamos vivos.

Então, para melhor nos livrarmos dessa dor, nada como a anestesia de um novo amor.

Uma pequena frase de L’Inconnu: "Despedir-se de um amor é como despedir-se de si mesmo."

É um fato, pois quando nos entregamos a um amor, deixamos algo de nós junto a esse amor, e ao nos despedirmos dele, seja por qual motivo for, esse algo nosso irá junto.

Exatamente por isso, é que precisamos sempre nos reciclar para continuar vivendo, e a vida sempre será boa, seja com um amor por toda a vida, ou com muitos amores a serem vividos enquanto vivermos.

Como a amizade é a forma mais linda de amor, é que precisamos sempre manter as boas amizades, para não perdermos muitos pedaços nossos, sempre vivendo em paz, sempre desejando que cada dia de nossa vida seja UM LINDO DIA, a ser vivido com luz, paz, amizade, amor



 

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