Certamente
felicidade é um tema que sempre desperta con-trovérsias, pois muito se fala
sobre esse sentimento mágico, e o que parece ser mais lógico, é que
felicidade total é mera utopia, pois o que realmente existe são momentos
felizes que temos na vida, os quais devem ser muito bem aproveita-dos, pois
poderão ser apenas momentos passageiros.
Vivamo-los pois, quando os
tivermos.
Apenas resta
entender quando estamos vivendo esses mo-mentos felizes.
Acredito que podemos nos considerar felizes quando esta-mos nos
sentindo bem, seja de saúde, seja emocionalmente, ou quando nada
estamos sofrendo, bem como quando não estamos fazendo mal a
ninguém, enfim, quando estamos vivendo autenticamente, quando não estamos
vivendo uma mentira, pois entendo que para conquistar a felicidade,
de-vemos ter coragem para renunciar a situações que falsa-mente nos são
apresentadas como boas.
Devemos saber perder algumas possíveis vantagens,
se com isso ganharmos tranquilidade e paz de espírito.
É tendo paz de
espírito, que estaremos perto de conseguir chegar ao estado de
felicidade.
Se tivermos
problemas pela frente, deles não deveremos fugir, mas sim enfrentá-los, e,
pelo menos procurar vencê-los.
Isso será sinal de amadurecimento.
Temos que
amadurecer para saber distinguir os caminhos que temos pela frente, e
saber discernir qual deles será o melhor a seguir.
É necessário
saber controlar certos impulsos, que por vezes nos levam a agir
irrefletidamente, causando situações que poderão nos afastar do caminho da
felicidade.
Meu amigo
L’Inconnu nos brindou com uma mensagem que mostra bem esse
caminho:
"...A forma
de amadurecer é viver. Viver é seguir impulsos até perceber, ou intuir a
tendência de equilíbrio que está em sua raiz.
A pessoa é impelida para a
aventura, como forma de se machucar para saber se poderá se levantar e
aprender a andar..."
Isso vem
demonstrar que o caminho para a felicidade pode não ser fácil, eis que
dependerá muito de nossa intuição, e de nossa capacidade de percepção do
que temos pela frente.
Quantas vezes
somos alertados, por alguém, ou por algo que se insinua em nosso
pensamento, de que estamos em cami-nho errado.
Tendo o discernimento
de fazer a opção correta, evitaremos aborrecimentos.
Como sabê-lo?
Temos
que saber usar o livre arbítrio, e saber entender nos-sas intuições.
Temos que saber
entender o momento de recuar, de mudar uma ideia, uma situação.
Muitas
vezes confundimos prudência e bom senso com co-vardia e, apenas para não
passar por covardes, deixamo-nos levar por certos impulsos
irrefletidos.
Muitas pessoas
se iniciam em certos vícios, apenas por não saber dizer não em certas
situações, e deixar-se levar por impulsos errados, ou conselhos daqueles
que se dizem ser amigos.
Mesmo tendo consciência de que aquilo irá
prejudicar sua vida, entram de cabeça e se iniciam em vícios perigosos.
Apenas por não saber renunciar a um possível prazer, ou a dizer não a
certos "conselhos", simplesmente estragam sua vida, e afastam-se do
caminho da felicidade.
Para vencer, não
podemos temer uma eventual derrota.
Temos que saber enfrentar as situações
à medida que elas se apresentam.
Assim, sabendo contabilizar vitórias e derrotas,
erros e acertos, vamos caminhando para nosso amadurecimento espiritual, e
uma vez conseguido, poderemos nos considerar felizes, pois soubemos
aceitar as vitórias, e superar as derrotas, soubemos renunciar nos
momentos adequados, e soubemos trilhar um caminho limpo, sem
procurar o mal de ninguém, muito menos o nosso.
Soubemos chegar a nosso
destino por méritos nossos, sem para isso prejudicar
ninguém.
Essa é a
verdadeira Paz Espiritual, condição primordial para a obtenção da tão
sonhada felicidade.
Fácil obtê-la, não?
Por que será que tantos ainda
insistem em usar da violência, insistem em procurar obter suas vitórias,
prejudicando os outros, atropelando todos que estiverem em seu caminho, ao
invés de "pedir licença", e ir adiante pelo método mais difícil, mas mais
correto?
Por que muitos se deixam levar pela vaidade, pelo orgulho, numa
irrefletida tentativa de mostrar-se superior?
Não precisamos provar para
ninguém que somos os melho-res.
Temos apenas que esperar o reconhecimento
de nossas re-ais qualidades.
Eis a felicidade
possível: compreender que construir a vida é renunciar a pedaços de
felicidade para não renunciar ao sonho da felicidade.
Saber renunciar a
pedaços de falsa felicidade, obtida artifi-cialmente, é realmente o melhor
caminho para consegui-la em sua plenitude.
Não devemos
querer apenas ganhar, saibamos perder tam-bém.
Não devemos temer recuar,
pois por vezes esta é a melhor estratégia, e dessa maneira,
devemos trilhar
nosso caminho, sem atropelar ninguém, apenas nos defendendo se alguém
tentar nos atropelar.
Discernimento,
prudência, bom senso, respeito, são as pala-vras mágicas que nos poderão
conduzir para a tal da feli-cidade, e com essa ideia, poderemos fazer de
cada dia de nossa vida, sempre UM LINDO DIA, e assim,
sermos feli-zes...