Por vezes chegamos a conclusões interessantes, quando
já vivemos tanto e achamos que sabemos quase tudo sobre a vida e o amor, mas é
justamente quando vemos que não sabemos quase nada, pois o amor é um vírus para o qual não há antídoto, e que pega qualquer pessoa, mesmo que esteja
pre-venida, e contamina mesmo, e como a cura é difícil.
Na verdade,
a respeito do amor, o máximo que conseguimos saber, é que nada sabemos, pois é uma questão muito subjetiva.
Amor,
na verdade, se é que se conhece algo sobre ele, é encontrar
em al-guém tudo aquilo que faça feliz, é sentir-se bem na presença desse alguém, e na verdade, não precisa haver a presença física.
Pode ser até
por telefone, ou mesmo na net. Pode ser virtual ou real.
O importante, é aceitar os defeitos desse alguém, é
querer tudo comparti-lhar, seja os momentos felizes ou os tristes, é ficar pensando sempre
nessa pessoa, é sentir-se triste de verdade quando algo ruim lhe acontece, é
estar em uma grande festa e não ver graça em nada, apenas porque a pessoa amada não está ao seu lado.
É adormecer pensando nela, e acordar com o primeiro pensamento
voltado para ela é pedir todos os dias na suas preces pelo bem estar desse alguém tão amado.
É a vontade
de estar sempre bem, de se arrumar, de sentir-se mais jo-vem, de ver beleza
em tudo e em todas as criaturas, é fazer amor e se entregar de corpo e alma como se aquele momento fosse sagrado e poder
transcender seus limites físicos.
Isso não é nenhuma novidade, pois todo mundo sabe, ou pelo menos
aqueles que amam, ou que um dia amaram o sabem, pois, na realidade, o amor não se define.
Sentimos, ou não sentimos. Amamos ou não amamos.
Temos, ou não temos a capacidade de amar, mesmo não sabendo exatamen-te o que é isso...
Percebemos
que ele se manifesta, com o interesse que passamos a ter
por determinada pessoa, com a preocupação que ela possa nos trazer de alguma forma, como por exemplo, a preocupação de querer estar ao seu lado
sempre que possível, e fazemos de tudo para que isso aconteça. É quando
percebemos que esse alguém começa a ocupar por demais nosso pensamen-to.
Quando se ama
alguém de verdade, nos entregamos de corpo e alma,
mas se por alguma razão, o amor deixar de existir, pode ficar o respeito, pode
restar uma amizade, um companheirismo, depois de uma vida juntos. Se isso
não acontecer, o melhor mesmo seria um afastamento, antes que surjam de-sentendimentos.
Mas isto
deverá ser muito bem pensado e resolvido, pois por vezes, o
amor pode esfriar com a convivência, ou com problemas que surgem durante
a vida, mas sempre estará lá enraizado, pronto a eclodir novamente, se não
permitirmos que ele feneça. Esse é o ponto crucial. Não permitir que um sentimento de amor e carinho, seja substituído por brigas e discussões. Diálogo é
a melhor maneira para se dirimir dúvidas.
Por vezes uma
união desgastada faz nascer num dos parceiros o desejo
de um romance especial, daqueles sempre sonhados, e nem sempre
realiza-dos. É preciso muito ponderar antes de se tomar atitudes
definitivas, e sempre poderá valer a pena pelo menos tentar redescobrir e reacender aquela velha chama.
E essa chama,
novamente ateada, pode eclodir num delicioso incêndio, que irá aquecer a vida novamente.
O amor sempre merece uma nova chance.
E assim, sempre teremos
UM LINDO DIA.
Marcial Salaverry
Santos - SP
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João Gilberto
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