Nossos sentimentos são comandados por cordéis inexplicáveis.
Ninguém con-seguiu explicar o porque de sentirmos mizade por determinadas
pessoas, o porque de antipatizarmos com outras... Porque
sentimos afinidades com pes-soas totalmente desconhecidas, assim como porque não conseguimos nos entender com outras, com quem temos ligações de
parentesco.
A propósito, li um pensamento muito interessante, de autoria de
Ethel Mun-ford, que diz o seguinte:
"Deus deu-nos
nossos parentes, mas teve
a bondade de nos deixar escolher nossos amigos"
Verdadeiramente sábias essas palavras. Nossos parentes, os temos
por
ques-tões que independem de nossa vontade. Nascemos de nossos
pais, sem
possi-bilidade de escolha.
E, claro irmãos, tios, sobrinhos, primos, os herdamos.
Na grande maioria das vezes, existem fortes laços de
amizade nos unindo a nossos parentes. Porém, nem sempre isso acontece. Por questões diver-sas, não pensamos da mesma maneira, e os laços de parentesco
acabam sendo responsáveis por sérios desentendimentos. Discute-se, briga-se
entre
parentes de maneira que entre amigos não ocorreria.
Muitas vezes o mesmo motivo provoca uma desavença maior entre parentes do
que entre estranhos. A consanguinidade nem sempre significa
uma maior possibilidade de entendimento. Por vezes é o contrário, por
ser parente, di-zemos coisas que a um amigo não diríamos.
Contudo, as amizades podem ser escolhidas, razão pela qual sempre
procura-mos ter a nosso lado pessoas com as quais temos alguma afinidade.
Nem sempre afinidade significa pensar igual. Muitas vezes pensamos
de uma maneira bem diferente. O importante é sabermos descobrir dentro
dessas "desafinidades" a maneira de entendimento. É saber descobrir os
acertos e erros dos pontos discordantes. O que um poderá
acertar, modifi-cando
sua maneira de pensar, aproveitando o que de bom vier do outro
lado.
É nessa troca de conhecimentos que reside a
grande vantagem das amizades, pois um amigo sempre estará pronto para um diálogo, para uma troca de
ideias quase sempre esclarecedora.
Nem sempre isso ocorre entre parentes. Geralmente os mais velhos,
por se sentirem na "obrigação" de cuidar dos mais novos, querem impor-lhes
sua maneira de encarar a vida, sendo essa uma das dificuldades para
um bom
relacionamento. Entre amigos isso geralmente não ocorre.
E há que se considerar ainda que, se um amigo se mostra inconveniente, en-cerra-se o relacionamento, e ponto final. Ao passo que,
um rompimento de relações entre parentes, sempre provoca um certo trauma
na
família.
Ainda é preciso pensar que em nosso íntimo sempre consideramos
que
é pre-ciso aceitar tal e qual coisa, pois, afinal de contas, ele é parente,
temos
al-guma obrigação para com ele... o que não ajuda em nada nossa satisfação
pessoal.
Enfim... já que Deus nos deu os parentes... vamos sempre
procurar viver pa-cificamente com eles, pois por algum motivo fazemos parte da
mesma
família, e isso é algo que sempre terá que ser considerado.
Quanto aos amigos, saibamos escolhê-los, usando bem essa possibilidade que temos para viver um pouco melhor nossa existência.
Aos parentes e amigos que estiverem lendo, desejo de coração,
UM
LINDO DIA.
Marcial Salaverry
Santos - SP
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