Por ser humano,
o ser humano foi
dotado do livre
arbítrio, que pode ser
usado para mudar
o Destino...
Usemô-lo bem,
pois...
Ósculos e
amplexos,
Marcial
ALGO SOBRE LIVRE ARBÍTRIO
Marcial Salaverry
Devido alguns fatos que aconteceram com amigos
nossos, pediram explicações sobre certos fatos que regem nosso Destino,
como por exemplo o que poderia levar alguém a tirar sua própria vida,
complementando com uma per-gunta muito subjetiva: O que estamos fazendo
aqui?
Realmente, considerando que estão sempre fazendo pes-quisas e
experiências, buscando descobrir medicamentos que nos deem melhores
condições de vida, bem como vão se descobrindo tratamentos e tipos de
alimentação que vão aumentando a longevidade de nossa existência, fica
difícil de explicar como alguém bruscamente põe fim à sua vida.
Para
tentar explicar, vou entrar em um terreno meio pe-rigoso, porque subjetivo,
visto envolver a parte espiritual de cada um.
A espiritualidade é algo
que está dentro de cada um de nós.
Cada qual decide como seguir o caminho
de sua passa-gem por aqui.
Nosso destino que dizem estar traçado, só
tem um princí-pio e um fim.
O meio do caminho sempre vai depender de nosso
livre arbítrio, sobre a maneira de o conduzir.
Como compreender isso,
se é algo que está dentro de ca-da qual.
É totalmente empírico tentar
explicar os porquês de cer-tas atitudes, se é uma coisa que estava no interior dessa pessoa.
Por que me apaixonei por ela?
Por que ela não
gostou de mim?
Como explicar isso?
São atitudes.
Devemos aceitá-las ou
não, é nosso livre arbítrio.
Explicá-las, contudo, é impossível.
Não se
explicam sentimentos.
Seja o gostar de uma pessoa, seja o gostar da
vida.
Explicar a presença de Deus... Como?
Se Ele é intangível...
À luz
da ciência Ele não existe.
À luz da ciência, nós também não existimos,
visto que a ciência não explica o aparecimento do primeiro ser vivo.
Nós somos meros produtos de reprodução...
Sim... de acordo.
Mas... e o
primeiro... veio de onde?
A velha história do ovo e da galinha...
Quem
explica?
E vai por aí afora.
As plantas resultam de sementes plantadas
pelo ho-mem...
Certo... mas... e as sementes, vieram de onde?
As primeira
sementes, que deram origem às primeiras plantas... vieram de
onde?
Explicar isso, é o mesmo que tentar explicar o que nós fazemos
por aqui.
A explicação que melhor aceito, é a de que estamos cum-prindo uma
missão nesta nossa passagem.
Qual missão?
Aquela que decidirmos por nosso
livre arbítrio.
Você, poeta, escreve poesias por sua opção.
Elas são
lindas por seu talento.
Então você soube descobrir uma de suas vocações,
que é escrever poesias e encantar quem as lê.
Bem queridas crianças,
não sei se ordenei direito as ideias, mas fiz como sempre faço quando
escrevo...
Começo a batucar, e deixo que meus sentimentos direci-onem as
palavras.
Mas o que eu queria lhes dizer foi isso mesmo.
É extremamente
desgastante tentar encontrar certas ex-plicações implausíveis à luz da
ciência, que tudo explica (ou quase).
O mais correto é aceitá-las (ou não),
e continuar vivendo, fazendo a nossa parte, preferencialmente procurando
uma maneira de ajudar quem quiser ser ajudado, e não desejando e nem
fazendo mal a ninguém, seja lá quem for, principalmente a nós mesmos.
Assim agindo, certamente nos sentiremos melhor.
Depois de ter
levado, em minha juventude, uma vida meio marginal, decidi por meu
livre arbítrio mudar de vida, e me senti bem melhor em meu interior.
No
livre arbítrio está a explicação porque pessoas fu-mam, bebem, se drogam,
roubam, matam, ou apenas procuram fazer o bem.
Adquirir ou não certos
vícios independe de pressões alheias.
É coisa interior de cada um.
Desistir ou não da vida, também.
É decisão própria.
Existem pessoas
que lutam desesperadamente para viver, e existem pessoas que simplesmente
desistem da vida, e até terminam com ela por vontade própria.
Explicá-las?
É inútil, pois foi uma decisão interior.
Não acredito que
alguém tire a própria vida por pressões externas, por pior que sejam suas
condições de vida.
O que pode levá-la a isso, é uma decisão interior, e
que deve ser respeitada.
Bem... por meu livre arbítrio, gostaria que
todos diri-gíssemos um pensamento de consolo para esse alguém, e a todos,
sem exceção, desejo