Retomando o texto abaixo, justamente um dos desígnios
que sempre defendi, é de que nós não nos devemos servir da visão (dos
olhos) para ver, mas sim para escutar e cheirar algures os
silêncios escondidos, existentes nas cores por eles filtradas, ou
então ouvir as raízes de uma flor... ou seja os olhos criariam uma
imagem mental, que nos levaria a ver as coisas sim, mas não pela
ótica para que eles originalmente são concebidos...
Dizia [Pessoa]
que "ver é estar doentes dos olhos"...,
e é bem verdade.
Nascemos trazendo connosco o fato civilizado,
e isso cega-nos, mas principalmente tem-nos subvertido, o nosso mais
com que fomos e somos este aqui, que veio do pó e ao pó tornará, em
comunhão (não no sentido religioso da frase)
e perfeita har-monia para com a Mãe Natureza, de onde provimos sem
sombra para quaisquer dúvidas...
"Na orla das coisas
estão as possíveis verdades, das coisas...”
