Pergunta:
Gostaria de saber como uma pessoa pode notar que é dotada de mediunidade,
quais as vantagens espirituais oferecidas
pela mesma, e como essa pessoa deve proceder?
Resposta De Chico Xavier:
Vamos dizer, a mediunidade é peculiar a toda criatura humana; todas as pessoas são portadoras de valores mediúnicos que podem ser cultivados ao máximo, desde que a criatura se dedique a esse gênero de traba-lho espiritual.
De modo que, muitas vezes, encontramos uma certa dificuldade no problema mediúnico dentro da Doutri-na Espírita.
De modo geral, a pessoa só se diz médium quando se sente vinculada a um processo obsessivo; quando sente arrepios, muita perturbação, muito assediado, médium doente.
A mediunidade está enferma.
Mas a pessoa sã, em plenitude dos seus valores físicos, pode perfeitamente estudar a própria mediunidade e ver qual o caminho que suas faculdades mediúnicas podem tomar.
Uma criatura que desenvolva a sua própria mediunidade, desenvolve-a educando-se, procurando aprimo-rar a sua capacidade cultural, os seus valores, vamos dizer, os seus valores de experiência humana, os seus contatos no campo da humanidade, o seu dom de servir; essa criatura encontra na mediunidade um campo vastíssimo de trabalho e de felicidade, porque a felicidade verdadeira vem do trabalho bem aplicado, da-quele trabalho que se constitui um serviço pelo bem de todos.
E o médium, dentro da Doutrina Espírita, é uma criatura não considerada fora de série de criaturas huma-nas o médium é um ser humano, com as fraquezas e as perfeições potenciais de toda a criatura terrestre.
Então, a Doutrina Espírita é Mãe Generosa porque acolhe a criatura humana e faz dela um médium, mesmo que tenha muitos erros e muitos acertos, mas, depois, no Curso do tempo, os acertos vão abafando os er-ros e a criatura pode terminar a existência com grande merecimento porque pelo trabalho na mediunida-de, trabalho pelo bem comum, ela vence esse peso, que é o mais importante no mundo.
Vencer a nós mesmos do ponto de vista das tendências inferiores que estejamos carregando.
Falo isso a meu respeito, porque não creio que ninguém carregue tanta imperfeição como eu...
Evangelho e Ação - Fevereiro e Março de 2000
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