Ao longo do caminho percorrido por este longevo octogenário, tropeço em muitas pedras, pequenas que são. As maiores, recolho-as
e construo um abrigo para aqueles que virão depois de mim.
Muitas flores estou semeando na orla da estrada durante esta minha atual passagem.
A cada manhã, renovo meu espírito em orações, pedindo forças para po-der continuar a carregar esta matéria envelhecida que tenho
que supor-tar, até a derradeira hora de minha chamada pelo Criador.
Quero, ao deitar-me, em cada anoitecer, dormir acalentado pela sensa-ção do dever cumprido para com o próximo e, ao levantar-me, em cada amanhecer, ter minhas forças renovadas para continuar ajudando aos menos favorecidos, aos mais carentes, aos excluídos... Pouco ou nada mais do que
isso me resta fazer!
Sou feliz! É uma dádiva divina poder ajudar!