Folclore - O boitatá
 

É de origem indígena o nome Boitatá
boia =
cobra, e atatá = fogo, e abaixo leia pra curiosidade matar
É um monstro tão grande difícil de acreditar
Esta estranha cobra chamada boitatá


Dizem que na terra houve um dilúvio e para se escapar
Esta cobra procurou um buraco para lá entrar
E só dos olhos dos animais ela pôs se alimentar
E de tantos olhos que comeu seu corpo transparente pôs-se a iluminar

Como era grande a escuridão
Os seus olhos ficaram em grande proporção
Dizem que ainda anda pelos campos procurando animais
Para se alimentar de seus restos mortais

Durante o dia é quase cega
Mas a noite tudo enxerga
Tem vez que seus olhos ficam grandes e flamejantes
Aí ela persegue os noturnos viajantes

Falam que às vezes corre na mata de um lado para outro
Como um facho cintilante de fogo com seu olhar maroto
O seu nome muda, de acordo com o lugar
Para os índios seu nome é “
Mbaê-Tatá”,

No nordeste do Brasil parece mais mimadinha
Pois lhes dão o nome de “
Cumadre Fulôzinha
Falam que mora no fundo dos rios
Este bicho bravio


Há versões diferentes
Deste bicho entre as gentes
Uns dizem que ele protege as matas contra queimadas
Outras já falam que põe fogo pra ver as matas acabadas

Talvez este bicho não exista de direito nem de fato
Mas a ciência diz que existe um fenômeno chamado Fogo-fátuo
Que são os gases inflamáveis que emanam dos pântanos
E das sepulturas e carcaças de animais, dizem que já visto com espanto

Pra quem vê de longe assemelha a grande tocha em movimento
Parece que o que diz a ciência tem certo fundamento
Mas falar do folclore é a intenção da poesia
Não importa se é verdade ou verdadeira fantasia.


Valeriano Luiz da Silva

Anápolis - GO - 31/05/2005



 
 
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