Esta lenda é conhecida em Mato Grosso, Bahia e todo Estado de Goiás,
Vocês não sabem quanta maldade este moleque faz
Os primeiros relatos deste mito foram em Pedro Afonso muitos anos atrás
Esta cidade está no Tocantins, mas já foi Estado de Goiás,
Romãozinho era um moleque intrigado fazedor de estripulias
Que ele era muito ruim isto o povo dizia...
Arrancava as pernas das formigas, roubava os filhotes dos pássaros no ninho,
Ficava rindo e achando bom ver a dor das formiguinhas

Ria da aflição das pobres aves, coitadinha,
Foi amaldiçoado pela mãe quando ele a ela fez grande injúria
Caluniou a mãe pro pai, mas era mentira pura,
Era filho de um lavrador e já nascera malcriado
Um dia a mãe o mandou levar comida pro pai no roçado
Ele foi com má vontade e no caminho fez uma maldade
Comeu a carne da galinha e só os ossos pro pai tinha sobrado
Quando o pai viu os ossos ficou muito irritado

Assim que o moleque foi interrogado, disse que os ossos era
a mãe que havia mandado,
Inventou grande mentira, disse que quando saiu um homem
estranho tinha ficado em casa,
Oh! Que moleque malvado,
Não respeitou nem a mãe que o tinha gerado
O pai chegando à casa a mulher estava trabalhando
O homem chegou irado e a vida da pobre mulher foi tirando
Quando a velhinha estava morrendo estas palavras ainda conseguiu falar
Não morrerás nunca, nem céu nem inferno conheceras,
nem tão pouco descansarás,

Enquanto tiver um ser vivo sobre a terra tu vais viver perambulando
O velhinho morreu de arrependimento e Romãozinho vive por aí andando
Esta lenda nos ensina a termos bom coração
A tratar todas as gentes como se fossem nossos irmãos
Nunca destruir as plantas nem maltratar a criação
Ser obedientes à professora fazer a tarefa e estudar a lição
Porque o que Aconteceu com menino rebelde, Romãozinho nos deu lição,
Então honre o pai e a mãe, pra ter de Deus uma benção.

Poesia criada por Valeriano Luiz da Silva
Anápolis - Goiás - Brasil - 27/04/2004