MULHER MADURA!
(ZzCouto)
Ela passa de rosto suave
como de criança.
Passa na passarela da vida
com passadas atrevidas
sob olhares de miragens.
Enigmática, emaduresce,
não faz de si,
lamentações, nem confissões.
Passa cortando levemente os calos,
em grossas plantas
daqueles que a pisaram.
O coração reflete-se
no riso mensageiro apagando cicatrizes
marcadas no seu mundo.
A mulher madura esquece das
vênias que curvou,
em mudas palmas
flexionando simplesmente as mãos...
Ela passa, leva alto a cabeça,
estende os braços,
abre caminhos entre multidões
em direção às pausas
das afirmações,
à morada de sua bela e
madura construção.
RJ, março/15
(não aceito duetos)