MÃE
Carmo
Vasconcelos
Tal Rainha Santa que das rosas fez o
pão,
Tu tornas, mãe, nesse teu ventre, o amor em
filhos!
Nessa alquimia, os vais juntando,
quais cadilhos,
À
nívea franja do teu grande coração!
Não
sendo tu Rainha ou Santa, és abençoada,
Por milagrosamente o teu corpo
gerar
O poema excelso, transcendente e milenar,
Parido
em sangue e dor na carne
lacerada!