Tu
foste, mãe, na treva a claridade,
na dor meu riso e na tormenta o norte,
a doce companheira e a consorte
das minhas horas de infelicidade!
Que
anjo não foste, toda vez que a sorte
não me sorriu! E com que imensidade
de amor, desvelo e angelical bondade
tu me ensinaste a ser paciente e forte!
E hoje
a alegria anda a sorrir nos ares...
é o "Dia das Mães" numa porção de lares
e eu vou fingindo que inda o comemoro!
Finjo,
mãezinha, mas em suave jeito
vens doer tão docemente no meu peito,
que eu cerro os olhos... Pendo a fronte... E
choro!
Humberto Rodrigues Neto
Copyright © 2004 Todos os
Direitos Reservados
|