Mãe!...
Mãezinha do meu coração.
Não sei o que aconteceu conosco.
Por um longo tempo,
parece que a gente não se entendia...
Você pensa que eu não sofria???
Ah, sofria, sim!!!
Pensando que não era sua filha,
que era filha só do papai...
E assim,
fomos vivendo.
E por muito tempo,
segui, não entendendo.
O tempo,
com sua brisa suave,
foi nos burilando,
com os acontecimentos da vida.
Hoje,
nós duas, sofridas,
temos apenas uma à outra.
Hoje,
peço a Deus que a mantenha
por muitos e muitos anos
ao meu lado,
com plena vida.
Hoje,
entendo suas dores,
seus medos,
suas fraquezas,
suas tristezas,
suas lágrimas,
sempre encobertas
por uma couraça de dureza e força.
Hoje,
eu te tenho frágil,
carente,
doce,
amorosa,
gentil,
suave,
como eu sempre desejei
que você fosse,
quando eu era apenas uma criança,
e não entendia nada...
Hoje,
mãezinha,,
quero declarar ao mundo,
quanto você é amada.
Se você não estivesse comigo,
minha vida seria um inexpressivo nada.
Eu seria apenas,
mais uma mulher,
abandonada pelas coisas boas da vida,
e irremediavelmente só.
Eu te amo,
pelo que sou,
pelo que não sou,
pelo que ainda serei
e principalmente,
por tudo que não quero ser
e nunca serei.
Minha amada,
você estará,
para sempre,
perpetuada
em mim.
Estaremos
para sempre unidas,
até o fim.
Confia em mim.
Eu te amo,
te amo muito, sim...
Beijos...
muitos...
Filha
Regina Célia Zilli -
(Gina Zilli)
05/05/2005
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