Livro Encontro VIII - Ano de 1986 -
Poesia classificada em 2º lugar

MALDADE - Odete Moro

   Tu podes ser igual a todo mundo,
   Teres defeitos mais que toda a gente,
   Que importa? Se este amor cego e profundo
   Teima em dizer que te acha diferente!

  
   Para mim (eu que te amo como uma louca),
   Os que falam de ti são línguas más,
   Ah! todo o amor que te dedico é pouco
   E é sempre pouco o amor que tu me dás!

  
   Sou a sombra que segue os teus desejos
   E aos teus pés, numa oferta extraordinária,
   A minha alma vendeu-se por teus beijos...

  
   Falam de ti... escuto-os... fico muda...
   Quanta maldade cruel, desnecessária,
   ...Eu sei de tudo.
   Eu já sei bem quem és... Eu sei de tudo.



Formatação de Carlos Roberto Lemberg
 

 
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