Encosta-te em meu peito, entrega-me tuas dores todas... Não te importes, se neste instante, tua lágrima escorra! Banha meu peito que a mim, sem querer, aquecerás o frio que me cobriu os anos que passei a te esperar! Não te inibas por desabafar... Se por amor, foste à deriva e veio a se machucar! Não foi isso que te desejei... Tuas dores eu carrego e te ajudo a levantar! Pouco me importa o peso dos longos anos, se fiquei em tua vida em segundo plano! Amei-te e mais nada, incondicionalmente ... por amar! Não me engrandece a tua dor, teus sonhos sucumbidos de amor... As chagas do teu coração, ver-te chorar! Quero em tempo reparar um erro: não me gostar o suficiente e colocar-me em infindáveis pesadelos, preso ao nosso amor de antigamente! Encosta-te em meu peito... Não te puno jamais! Tão pouco cobrarei o amor que não tens pra me dar. Banha meu peito, que a mim, sem querer, aquecerás o frio que me cobriu os anos a te esperar... Tens o amigo, podes chorar! Hoje, reparo um erro: não me gostar o suficiente! Surge o amigo verdadeiro. Morre o homem que te amou perdidamente... José Geraldo Martinez Araçatuba - SP - 28/06/2004
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