Recebi da Poetisa Rivkah em 18/09/2006
águas lamacentas...
josemir tadeu
um grito...
seria o eco de um arroubo de um arbítrio
que se confundiu?
serei mesmo um engodo?
em qual riso de
escárnio me projeto?
viajo na lágrima,
ou me deixo levar feito dejeto?
do que se faz crescer
porque cada vez mais me alongo?
abruptamente
pode ser que o rompante do nada
tenha me possuído...
quem sabe?
e no voo?
será que tolo,
eu me faço bólido rasante
em função de minha natureza rastejante?
saber-me nulo
é algo bem pior que pular no escuro
de minhas próprias dívidas...
e são tantas...
saber-me um algo que não tomou forma
sinto-me assim feito pensamento idiota que se arvora
e esparge-se...
pois que mensageiro das tolices,
eu sou...
alguém me disse...
um bravo e fracassado destruidor de sonhos dourados.
um ser opaco, pardo...
um reles barco
que a deriva,
procura nas águas lamacentas
de seu próprio lago,
um lugar pra lançar-se...
josemir (ao longo...)
Certa feita
um mago,
quem sabe um rei?
Disse-me
diante do meu rosto amargurado:
Nunca olhe o hábito,
roupa, traje,
distintivos,
classe..
Não é por aí
que caminha o homem nítido,
puro, o verdadeiro soldado.
Ouvi muitas palabras bonitas,
todas de efeito,
vazias.
Por muitos caminhos andei,
de decepção, chorei
e mesmo ferida,
continuei..
Até que certo dia
vi surgir
uma silhueta com muito brilho,
levantei os olhos
e contigo me deparei.
Não vi comos estavas vestido,
mas logo me lembrei do mago
ou seria um rei?
E do bravo soldado
me aliei.
Hoje somos uma só força,
um só som.
Por favor,
OUÇA!
rivkahcohen
Fundo Musical: I want tomorrow - Enya