Rivkah Josemir Não é à toa meu parecer quase nunca destoa quando digo que alguém dá-me abrigo num peito que se faz, se mantém e é amigo, feito verbo o antigo, é gente boa. Canção que por si, se entoa. Para mim o fim enfim não tem segredo, nem sente medo. Digo até seu gosto. O que em suas entranhas está exposto. Os dados estão aí, feito regalo de se poder sentir, todos em seu rosto. Suaves, sem conotação de desgosto. Seus sonhos - jamais desconexos ou visonhos - ou ilusões, - versejares em explosões - seus medos - talvez algum resquício, aresta de degredo - e também - feito brisa suave que sempre vem - seu coração. Suave ode, sagrada canção. Analiso nos traços, - ao som de guizos refaço, retraço - na boca, - carnuda e solta - nos olhos - que desabrocham feito abrolhos - e seus espaços... retratos por vezes fortes, por vezes esparsos... Ouço - da fala o esboço - o que diz o olhar.. - modo mais sincero de falar - Confirmo - dom de sina e tino - com a forma do maxilar - força de sustentar - indo até o pescoço.. - feito ideal de moço - E assim, sem perceber, sem aparente fim, ou querência de saber, meu amado - de sentimento sacramentado - ou meu amigo, - paz que caminha comigo - chego até você! Sem alarde e sem arroubos de aparecer. Rivkah Cohen www.rivkah.com.br Josemir Tadeu
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