Rivkah Josemir Quem ousa a dedilhar esse sorriso? Talvez eu que feito pássaro pousa, num cais azul ao som de guizos Quem se apresenta tão ambíguo que traz luz e sombra para o mesmo lugar? O colibri amigo que nunca se assombra, quando se põe a cintilar. De onde vem, afinal, toda essa vida que desafia até quem não quer escutar? Do reino do Bem, que dista do mal, onde a terra colorida, desfia, todas as fontes de germinar. Ah... és tu Sol que precipitas até para quem diga e repita que não mais quer saber de amar? Ah... sou o claror que se dedica, a anular toda a desdita, e esse pensamento apagar... Por que vieste até aqui, onde o amor não mais habita? Porque o te seguir, é justamente o que move e me habilita. Por que fazes questão de provocar? É minha sina, fazer o luz em ti despertar. Será que não vês que todas essas joias minhas fazem o teu brilho ofuscar? Minha tez, por todas as estradas que caminha, jamais se deixa apagar. Mas espera... estás a me segredar algo que meu coração quer escutar..! Ah enfim e deveras, te dispões a me abarcar feito bailarina que me fará girar. Então, vem! Afugenta a desdita! Já sou esse alguém! Vontade etérea e infinita! Invade e faz a todos escutar que enquanto há vida ela é bendita e só vale se for para amar! Que arde por querer sobreviver de ti estar, que não faz alarde e nem grita, sequer se agita, e se põe a te beijar... Rivkah Cohen www.rivkah.com.br Josemir Tadeu
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