O sol arde no horizonte
Surge sem pressa,
tal qual uma reza
a entoar..
Pássaros voam ligeiro
como se tivessem
uma nova para contar
e querem ser os primeiros
a brindar, festejar..
Lá adiante
o pastor e suas ovelhas,
no seu peregrinar..
Não!
Nem adianta querer me iludir,
esse é o lugar!
Está em mim,
não posso fugir!
Minha natureza é essa.
Não é verde,
marron,
nem amarela
para que eu possa variar..
Essa falta de barulho
Esse silêncio profundo
também em mim está.
Não vê às vezes
eu sumir,
me ausentar?
É a necessidade
de me envolver nesse vermelho,
uma vontade de ficar parada, calada,
como em segredo,
até me reequilibrar..
Olhando para ele,
simplesmente leio:
RIVKAH
...*..
Sem dúvida...
MárciaDip
É...até se eu fechasse meus olhos
Ou se resolvesse nem ler
Saberia o lugar certo
Onde posso sempre te encontrar!
Onde é?
Posso te explicar...
Feche seus olhos....
Venha comigo caminhar
O lugar....é no alto
Onde os sonhos podem livremente voar
Onde a música sempre está a entoar
As cores...essas são fortes, suaves, marcantes
Deslizam no olhar de forma natural
Se misturam à realidade
Brincam de verdade
Como se colorissem a vida
Fazendo o impossível nunca existir...
Nunca?
Não!
Ouço há séculos de ti
Que o nunca nem existe!
Impossível?
Esta palavra nunca ousou entrar
No teu vocabulário....
Se somes, voltas
Se pensas em desaparecer, bobagem
Quem é, sempre está!
Ei!
Podes me ouvir?
Esta é Rivkah!