Tentei entender,
pretendi por uma outra ótica ver,
mas enquanto uns passos eu dava,
a distância aumentava
e hoje entendo sobre retroceder...
Como?!
Como saber de ti,
se quanto mais ando,
mais te escondes?
Por que interpões esse biombo
e ainda pergunto: Até quando?
Tudo me leva crer
que não existe disposição,
por mais que viva, nunca vou ver
o render, armas no chão...
Sempre haverá um pensamento imundo,
sempre existirá alguém em cima do muro,
sempre terá u'a mente fria
na mais pura ousadia,
orientando milhões...
Que triste perspectiva para o mundo!
E ainda ontem, dia da poesia,
sonhei,
vislumbrei
e emocionada
até chorei...
Que nada!
Quanta ilusão!
É devagar
que a humanidade caminha...
Rivkah Cohen
www.rivkah.com.br
Por mais lento
que seja o passo
ultrapassando indignado o corpo caído
Haverá de florescer a semente do amor
contida em cada verso sentido
Basta a fé e a
esperança
nascidas em cada criança
no choro de cada dia
recrutando a futura legião destemida
nos versos de cada poesia
E chegará o
momento
do homem ser só sentimento
das armas caírem ao chão
sem corpos sangrando em vão
E nos céus o
colorido vibrante
dos fogos sem estampido
numa comemoração marcante
da chegada dessa paz hoje distante
Haveremos de
viver
para ver a criança crescer
Haveremos de morrer em paz
e da paz renascer
Beatriz por um
triz*
São Paulo - SP
Fundo Musical: Adágio (Cantado)
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