Subi
escada correndo,
meus olhos quase não vendo
de tanto chorar.
Enxuguei
e ao te ver, sorri
te abracei
como se estivesse te protegendo
e era eu
que não conseguiria suportar.
Já dobrei esquina
querendo ser menina
ou ter algo para me apoiar.
Ei,
não sou forte como pensas.
É mais provável eu desabar,
mas diria que gripei,
foi sereno
para que não visse que o medo
também vem me visitar.
Ao cair
pude constatar
que ajuda pra levantar,
o mundo não dá
e se quiser
que se coloque de pé.
Foi então que decidi
que para sempre
seria assim
e
assim será
verás ou ouvirás contar
que me viram sorrir
momentos antes de tombar..
Rivkah Cohen
Brasília - DF
www.rivkah.com.br
Desci a
escada
crente de que estavas a me esperar,
mas qual não foi a surpresa,
um caderno estava em teu lugar.
Nele derramavas
poesias,
em que falavas de amor,
de tal forma eram perfeitas
que pareciam sinfonias.
De um coração
assim poeta,
o meu se encheu de esperança,
de ter quem sabe um pedaçinho,
deste amor, feito uma criança.
Que em seu
lúdico mundo,
vive um lindo faz de conta,
fugindo da cruel realidade,
em seus anseios profundos.
Apertei em meu
peito,
o teu caderno de poesias,
para sentir mais de perto,
teu calor e tuas alegrias.
Mas lá do alto
da escada,
a razão me chama certeira,
que o caderno é de sonhos,
de um amor de brincadeira.
Guida Linhares
Santos - SP
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