Devaneios De Outono - Poeta António Barroso (Tiago)

DEVANEIOS DE OUTONO
António Barroso (Tiago)

A existência anda, corre ao desafio
Do tempo já marcado, apenas espera
Que, no ciclo da vida, um só fio
Se una a outro fio e termine a esfera.

Assim eu andei, talvez em desvario,
Nasci, cresci, folguei na Primavera,
Amadureci no Verão, no quente estio,
Julgando não ter fim essa quimera.

Agora que sou rei, não tenho trono,
Mas gozo, calmamente, o meu Outono,
Num feliz sossego, doce e terno.

Repleto de ilusões, cheio de anseios,
Vou compondo versos, devaneios,
Antes que chegue, por fim, o meu Inverno.





Formatação e Arte: Rita Rocha
Tutorial:  Estela Fonseca
Tube: Sem identidade
Som: Remember When - Alan Jackson