Fico falando pra você aqui bem baixinho
Assim, meu louco amor, vou abrindo minha boca
Porque, as vezes, até me dizem que sou louca
Expondo o martírio de minh'alma e me aninho
E desta maneira posso agora ir dizendo
Dos meus pensamento senis e muito loucos
Desta paixão que me enlouquece, mata aos poucos
Na realidade, é de amor que estou morrendo
Desta louca saudade que dói no coração
Fogo que arde as entranhas com muito tesão
Uma lágrima quente que um sorriso encobre
E neste soneto que da loucura inspirei
Vou falando de tudo que um dia sonhei
E que acordada, o soluço me cobre
Renate Emanuele
São Paulo - SP
Nas caladas
da noite, me pego falando baixinho,
dizendo-te do meu amor, enquanto dormes,
vou abrindo meu coração, devagarzinho,
pareço louco, mas estou dentro dos conformes.
E o silêncio
da noite me motiva e me anima,
deixo fluir minhas emoções, pareço louco,
essa paixão densa, fortalece minha autoestima,
na realidade tudo o que falo e sinto é muito pouco.
É bom poder
falar desse amor enternecido,
uma dor profunda me invade o coração,
me vem o medo de perder-te, fico enlouquecido.
E assim, chamo
esse soneto, o eco da loucura,
sonho com todas as forças de minhas entranhas,
e adormeço envolvido pelo lençol da ternura.
Bernardino
Matos
Fortaleza - CE -
02/07/2006
Fundo Musical: Nocturne - Frédéric
Chopin
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