Aguardas... olhar fixo no
horizonte,
numa espera que parece não ter fim,
procuras o amor que enfim desponte;
com cheiro de rosas e cor de carmim.
Teu semblante
mistura-se à paisagem,
teus olhos perdem-se em outros ermos,
teu coração busca acreditar na miragem;
primavera na alma... final de setembro.
Esperas nascer
o dia, primeiros raios de sol,
à espera de vislumbrar sua chegada afinal,
cansada já dos estertores do eterno arrebol,
acreditas no
concretizar do sonho em real;
libertar afinal, tua alma, do escuro sol;
e viver esse amor... eterno, pleno e imortal.
Jorge
Linhaça
Arandú - SP -
30/09/2006
Esperei-te um dia,
uma semana, mês e ano.
Esperei-te uma vida inteira...
Esperei-te como
quem reza, fervor redobrado,
a espera do amor sonhado.
Esperei-te como
quem procura
seu destino ingrato reconstruir.
Esperei-te como o
náufrago
sedento de águas cristalinas.
Esperei-te como a
esperança da menina
batendo forte, vibrando o coração.
Esperei... suaves
melodias entoando
porque continuo te procurando...
Esperei em vão por
uma notícia
que não chega nunca.
Esperei triste e
sofrendo
com este amor doendo.
Esperei... e
espero ainda...
Mas tu não vens ao meu encontro.
Esperarei um pouco
mais... até quando?
Como saber que é
chegada a hora
de não esperar mais...???
Nídia Vargas Potsch Rio de Janeiro - RJ -
2006
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