Eco - Luiz Poeta (Luiz Gilberto de Barros)

Ecos vazios - Nadir A. D'Onofrio

O que grito de mim não me escuta,
É um eco perdido no ar;
Na triste solidão de uma gruta
Que repete o que eu quero gritar.


Ecos vazios dos gritos que dei
Teu nome, tantas vezes clamei
Só o silêncio respondia
Dentro da gruta fria...

A palavra nem sempre é astuta,
Ela invade o vazio sem vê-lo;
Vai a pedra, fica a catapulta,
Vai a linha, acaba o novelo.

O som, invadiu espaços
Mas onde estás, que não respondes?
O bilhete sei que foi
Junto à pedra que catapultei...

O segredo da voz é o silêncio,
Trampolim entre a dor e o grito,
Entre a lágrima, os olhos e o lenço,
Entre a chuva, o vento e o granito.

Quantas vezes silenciei
Entre choro e gemidos
Lágrimas que derramei
Com o vento...evaporaram...

Meu sorriso é o voo do que calo
Na planície do olhar que me fita,
Ao sorrir, meu silêncio eu embalo,
Meu sorriso é o amor que não grita.

Gargalhando disfarço a dor
Buscando teu olhar de amor
Que sorrindo no silêncio
Fita-me...com todo ardor...

Luiz Poeta
(sbacem) - Luiz Gilberto de Barros
Rio de Janeiro - RJ

Nadir A D'Onofrio
Santos - 21/06/2005 - 21:27 hs
https://www.nadirdonofrio.com


Mid Eco - Autoria de Luiz Poeta



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