Dueto: Essa feijoada
 
Recebi em 08/05/2006
 


A feijoada dos poetas - zeluiz-aprendiz de poeta

A mesa branca rodeada de gente
poetas esfomeados sem muita vergonha
encheram os pratos com ar indiferente
das línguas brotavam rios de peçonha

Era um sábado de céu nublado
ventava e doía os estômagos vazios
comeram com ânsia como fossem soldados
em guerra estivessem perdidos em desvarios

Orelha e costelas, cobertos de farinha
couve, lombo e torresmos aos quilos
tanta comida que não dava conta a cozinha
e o povo perguntava o que era aquilo

Garfos e facas num trabalho constante
bocas abertas acolhendo o sustento
ritmo acelerado sem parar um instante
verdade pessoal, vocês sabem que não aumento

Saí de fininho, era o fim da picada
a conta chegou, com recorde quebrado
não me meto mais em tal enrascada
nessa barca furada de poetas mal comportados


zeluiz-aprendiz de poeta

Essa feijoada - Marcial Salaverry

Essa feijoada,
matou dos poetas,
a fome bem matada...
Foi apenas um ensaio,
para o que depois viria...
Na Nobel aconteceria
algo importante,
e todos falavam bastante...
Um encontro haveria,
com leões, hipopótamos, e o que mais seria?
Uma turma muito selecionada,
que deixou Santos empolgada...
Veio gente de toda a parte,
e assim, se me permitem um aparte,
até o cara que esteve na África apareceu,
e disse que foi o leão que morreu...
A festa continuou...
Muita cerveja rolou...
Nem falo quem se embriagou...
Não me lembro de mais nada...


M
arcial Salaverry
Santos - SP



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