Recebi em 26/02/2024 |
POEMA EM LINHA Janela aberta de par em par, meu coração é liberto de ansiedades e retrocessos de passados longínquos; outonos sem lareiras esfriando sonos acordados – inacabados, como se as noites fossem um sem fim de cordas e de nós - um após um -, contados pelo contacto dos dedos de uma mão em oração; no passajar das madrugadas pontificadas de estrelas, que meus olhos descobrem através das nesgas ramificadas, na claridade dos estores; adentrando, na escuridão do quarto, até que a manhã se faça ouvir pelo cantarolar dos pássaros. Enquanto ao longe, mais abaixo passeia o rio, e ainda mais ao longe célere vislumbre, de um barco que se adivinha pelo rastro de um fumo negro, no ziguezague do marulhar das ondas… [Se ao menos um sorriso se assemelhasse]. Jorge Humberto Portugal - 28/02/2022 *Por decisão do autor, o texto está escrito de acordo com a antiga ortografia.
Nesse poema que expuseste,
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