Quem nunca uma lágrima verteu, Seja de tristeza ou seja de alegria, Em qual face uma lágrima não correu?
Todas as faces ela umideceu um dia.
Quantas rolaram por amor desfeito, Outras rolaram por amor traído... Quantas ficaram retidas dentro do peito...
Outras tantas tremularam sem ter caído.
Incolor, límpida e transparente, Às vezes até mesmo sem razão, Escorrem pela face docemente
Ou rolam em suspiro pelo coração.
Mas quando se chega na terceira idade, As lágrimas que banham nosso rosto,
Ou são causadas por algum desgosto Ou deslizam como caricia, de saudade!....
Hilda Persiani
Curitiba - PR - Brasil
A lágrima de Hilda falou com a minha Do mesmo jeito, assim, quietinha e incolor...
Que a lágrima, ao peito, crê: ela se aninha E mesmo sem saber – eu sei: chora de Dor!
Quantas vezes, mesmo sendo de andorinha E auricerúleo e ledo o Céu-Interior A mais sentida lágrima cai: a de Amor
Tendo Saudade (inexplicável?) que não tinha!
Ah, têm aquelas que, vencidas, já não correm Que do Silêncio ermo – do peito – se socorrem
Como se à Alma pedissem seu Perdão!
E há as que, feito Carícias, ainda escorrem Claros Cristais que transbordando de Emoção
Fazem chorar (sem ter por quê?) o coração!
J. J. Oliveira Gonçalve
Porto Alegre, 24 de setembro/2013. 12h33min
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