Hoje, já no topo da velhice, Lembrando lapsos da mocidade, Arrependo de coisas que não disse
E de dizê-las sinto vontade,
Lembro-me ainda e com que sandice E ao lembrá-las sinto até saudade, Arrependo-me, mas que tolice
Dizê-las agora só por vaidade...
Por sensatez, talvez, escrúpulo, No coração ficarão guardadas Nunca, jamais serão reveladas.
Que adiantaria já no crepúsculo, Revolver então as águas passadas; Que fiquem sob cinzas apagadas!...
Hilda Persiani
Curitiba - PR
Muito bem, cara amiga poetisa. para que ressuscitar o que se foi? Você, definitivamente, não precisa
revelar a essa gente a cor do boi!
Guarde para si suas lembranças, reservando as boas em seu relicário! Abomine os desejos de vinganças
combatendo-os com a cruz de seu rosário!
Da vida dizem que nada se leva! Pra onde você vai não existe treva, seu espírito é do bem, feito de luz!
Inda mais, há muito que o Clênio espera, noutra dimensão, em outra esfera, para abraçá-la, com a bênção de Jesus!
Eron Vidal de Freitas
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