Céu! Exclamo eu pobre penitente
Às chamas puras, à Ama Divina
No altar trágico, ser inconsciente
Mundos partidos à própria sina.
Se há erros, são tantos e todos são
Neles uma incógnita do futuro
Desesperado fogo em brilho escuro
Acorda o medo do bicho-papão.
Talvez a chuva tenha se perdido
No líquido que nos faz um ser ungido
E levasse a dor à pia batismal...
Nas contas doloridas de um terço
Choradas ao pé do nosso berço
O paraíso à terra sacrificial.
Eliane
Couto Triska
17/07/2007
Algumas
horas... para aqueles que perdem uma eternidade,
um vácuo molhado por chuva que deveria ser bonança,
mas não, lacrimosa é como se, chorando, antecipasse saudade
que chega secando planos, projetos e sonhos de criança.
Sorrisos se
apagam, quem sabe, dores se extinguem,
promessas ficam esquecidas, amores que se perpetuam,
luzes que ao infinito luzem, para que nunca mais se dissipem
e assim das cinzas transmudam-se e como fênix voam.
A humanidade
chora o descaso da falta de atenção,
não há culpados mas nada na vida ocorre por acaso,
há sempre, da causa à consequência, uma razão.
E, para o
ocaso deste voo que deixa dor e solidão,
embora os corações que ficam, quedarem-se amargos,
haverão eles de clamar ao Pai a Paz e a Compreensão.
Gui Oliva
Santos - SP -
18/07/2007
Fundo Musical: Ave Maria - Schubert
|