Rasga-se o verbo, AS LETRAS ESPALHAM-SE e as palavras qual lâminas afiadas TENTAM PERFURAR A EXPRESSÃO me dilaceram a mente, a carne, A ALMA, TODO MEU SER expondo insensíveis, SEM A MÍNIMA NOÇÃO, COM CRUEL INTENÇÃO as dores de meu coração! ALI ALOJADAS HÁ TEMPOS DEMAIS... Com qual direito é exposto o meu âmago? (MEU DIREITO DEVE SER RESPEITADO) Posto que minhas dores, - de amores,saudades e solidão, são tão minhas! E A MAIS NINGUÉM DIZEM RESPITO Mas como as dos outros, ganham forças, FORÇAS ESTAS ROUBADAS DE MIM... - asas de aves de arribação! QUE VOAM LIVRES, MAS SOU PRISIONEIRA As dores tão íntimas, (SECRETAS ATÉ!) como as dos outros, tão iguais! (TODOS SENTEM COM IGUAL MEDIDA) Não consigo ignorar, (NEM DEVO) o que se passa comigo, se passa com um irmão... (AÇÃO E REAÇÃO, DUALIDADE...) Reflexos num espelho inexistente - MIRAGENS NO DESERTO DA VIDA!... coloca-nos frente a frente! MAS NEM TODOS PERCEBEM O REFLEXO Na superfície do espelho, (OLHO OUTRAVEZ) aparentemente, dois seres tão diferentes, (MAS FILHOS DO MESMO DEUS) trazem dentro de si tão presentes, as mesmas dores, (OS MESMOS SENTIRES) amores, (CORRESPONDIDOS OU NÃO) alegrias, (TAMBÉM TRISTEZAS) saudades, (DOS QUE PARTIRAM) solidão! (MESMO TENDO OS QUE FICARAM AOLADO) UMA ILHA (EU) CERCADA DE ÁGUA (OS OUTROS) INFESTADA DE TUBARÕES... COMO AS LAMINAS AFIADAS CORTANTES DEMAIS DAS PALAVRAS DITAS SEM PENSAR... Denise Severgnini Novo Hamburgo - RS - 30/11/2005 Edvaldo Rosa - 15/11/2005
|