INCONSTÂNCIA!
Celina Miranda
Meu ser é infinito, a noite!
Nalguns lugares brilha,
Noutros é total escuridão.
É como oceano,
As vezes azul,
Encrespado, negro.
E eu vivesse em outro planeta,
Desconhecido e assustador...
Meu ser, ás vezes!
É como uma utopia vivendo.
No poço, e noutras como a águia,
De arrebentos voos...
Meu ser pula de vida na evolução!
Sua simplicidade me assusta e me
comove.
Busco desesperadamente,
Dentro de meu próprio ser,
O meu próprio eu.
Achar-me ,como se eu não
fosse.
Como se outro ser estranho ,em mim
habita-se...
Celina Miranda
13/07/2005
SC
INCONSTÂNCIA
Tarcísio
R. Costa
Vive em mim o espectro da contradição.
Às vezes,
sinto-me a alegria do amanhecer
Com o
abrir das flores e o cantar dos passarinhos
Noutras
sou o crepúsculo do morrer do dia...
Vive comigo a desolação e a alegria.
Há momento que
perco a noção
De tudo o que é racional...
Às
vezes, ajo com a razão,
É quando consigo distinguir o bem do
mal...
Sei
que em qualquer dessas circunstâncias,
Sofre o impacto o meu
coração...
Passo horas na negritude da saudade,
Sei que é um erro,
conviver com o passado
Por causa de amor que ele me
furtou,
Pode
parecer uma incoerência
Mas, para
mim nada está acabado,
Essa é a
minha verdade...
Qualquer
ser humano carece de carinho
A sua
falta me leva à inconsequência
Dessa
perene contradição,
Que afeta
até minha consciência.
Vivo,
portanto, perdido
No meu
próprio caminho...
Brasília,
19 de janeiro de 2006
Tarcísio
Ribeiro Costa
Fundo Musical: J'Aime
- Adamo