DIÁLOGOS...
Humberto
Rodrigues Neto
Ah...
como Deus foi bom, minha querida,
permitindo
que eu contigo conversasse,
foi
como se o teu rosto eu contemplasse
sorrindo
amores sobre a minha
vida!
Jamais
supus que frases tão formais
se
tornassem pra mim tão importantes,
pois
de amor pulsam as tuas consoantes,
e
de paixão palpitam tuas vogais!
Doce
amor, que és razão do meu quebranto,
de
um ideal longínquo que
eu persigo,
que
eu só vislumbro quando a sós, contigo,
te
passo um riso, ou te repasso um pranto!
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* *
S.Paulo/Brasil
21/0UTº/2011
DIÁLOGOS...
Carmo
Vasconcelos
Deus
nunca esquece de juntar a quem
semelhantes
ideais assaltam o imo,
razão
que da tua voz eu me aproximo
e
tu te achegas à minha também.
Num
bailado de sonho embriagador,
nesse
encontro vocal dança a gramática,
que
nos faz esquecer da problemática,
quando
por trás do riso existe a dor.
Sem
interrogações ou reticências,
amo-te,
livre de razões ou siso,
vivendo
dessa ligação sem juízo,
morrendo,
doce amor, nas tuas ausências!
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Lisboa/Portugal
26/Outº/2011
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